Significado clínico da expressão de VEGF-C e de podoplanina em carcinomas espinocelulares de boca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Almeida, Aroldo dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25136/tde-02042009-103248/
Resumo: A expressão do fator de crescimento endotelial vascular tipo C (VEGF-C) e de podoplanina pelas células malignas tem sido associada com a maior ocorrência de metástases regionais e/ou pior prognóstico para os pacientes com câncer de boca. O objetivo deste estudo foi avaliar o significado clinico da expressão de VEGF-C e podoplanina em 42 carcinomas espinocelulares (CEC) bem diferenciado de boca, com e sem comprometimento linfonodal, incluindo oito carcinomas verrucosos, tratados no Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, do Hospital do Câncer A. C. Camargo, São Paulo, no período de 1980 a 2000. Os pacientes foram analisados quanto ao gênero, idade, cor, tabagismo, etilismo, localização do tumor primário, classificação pelo sistema TNM, tratamento, ocorrência de recidivas local e regional, metástase à distância, de segundo tumor primário, além da presença de infiltrações perineural, muscular, glandular e óssea e de embolizações vasculares. Analisou-se também o índice histopatológico de malignidade tumoral e as expressões imuno-histoquímica de VEGFC e de podoplanina pelas células malignas no front de invasão tumoral. A associação das expressões de VEGF-C e podoplanina com as variáveis estudadas foi calculada pelo teste quiquadrado. As probabilidades de sobrevida, acumuladas nos períodos de 5 e 10 anos calculadas pelo método de Kaplan-Meier e comparadas pelo teste de long-rank. A maioria dos CEC de boca, incluindo os carcinomas verrucosos, exibiu uma forte expressão de VEGF-C pelas células malignas. Houve uma tendência, sem associação estatisticamente significativa, dos pacientes com CEC de boca e forte expressão de VEGF-C apresentarem maior freqüência de recidivas locais e/ou regionais. A forte expressão de podoplanina foi significativamente associada com o gênero masculino (p=0,037), com o estadiamento T1 e T2 (p=0,037), com o estadio clínico I e II (p=0,027) e com a presença de infiltração glandular (p=0,003). As recidivas locais e regionais foram detectadas mais freqüentemente nos CEC de boca com forte expressão de podoplanina, porém sem diferença estatisticamente significativa, quando comparados com aqueles com expressão fraca da proteína. As taxas de sobrevida global e específica por câncer para os pacientes com tumores com forte expressão de VEGF-C e a taxa de sobrevida global para a forte expressão de podoplanina foram percentualmente menores do que aquelas dos pacientes com tumores com fraca expressão destas proteínas. O comprometimento linfonodal cervical se mostrou fator de prognóstico significativo (p=0,001) para os pacientes com câncer de boca. Estes resultados sugerem que a forte expressão de VEGF-C e podoplanina pelas células malignas juntamente com o comprometimento linfonodal regional são fatores indicativos de uma evolução clínica desfavorável e de um pior prognóstico para os pacientes com CEC bem diferenciados de boca.