Reconstrução facial forense: projeção nasal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Oliveira, Silvia Virginia Tedeschi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23148/tde-22052010-103133/
Resumo: O nariz, ocupando o terço médio da face, tem marcada influência cognitiva sobre a imagem facial. Constitui-se em grande parte por tecido cartilaginoso, músculos, pele e gordura, perdendo sua forma durante a decomposição cadavérica. A técnica de Reconstrução Facial no restabelecimento da aparência nasal pode influenciar o reconhecimento de um crânio sem identidade atribuível e tem sido alvo de numerosas críticas. Os métodos conhecidos para estimar essa projeção nasal a partir de elementos do crânio carecem de praticidade e reprodutibilidade. Neste estudo, buscou-se relacionar os pontos prosopométricos Rinio ( Rhi - ósseo), Pronasal ( Pn -no tecido mole) e Próstio (Pr ósseo) estudando o ângulo formado pelas retas que os unem, observando-se a possibilidade de sua utilização na determinação do comprimento nasal. Dois examinadores independentes e calibrados mensuraram esse ângulo com o auxílio do programa de análise e processamento de imagens Image J, versão 1.43; diretamente em radiografias cefalométricas selecionadas a partir do acervo de documentações em arquivos digitais de quatro Institutos de Radiologia Odontológica situados na cidade de São Paulo Brasil. Medidas lineares foram tomadas considerando a diferença do valor encontrado para o ângulo proposto e o valor hipotético de 90.00 graus. A amostra foi constituída por 600 radiografias laterais da cabeça (300 de indivíduos do sexo masculino com idade entre 24 e 77 anos e 300 do sexo feminino, com idade de 24 a 69 anos). Os dados foram analisados utilizando-se o programa Microsoft Office Excel 10.0. Os resultados obtidos demonstraram que os valores referentes às mensurações de ambos examinadores foram muito próximos a uma relação linear perfeita (r=0.99). Ambos os sexos apresentaram a mesma distribuição de idades nas amostras. O ângulo proposto Rinio-Pronasal-Próstio apresentou valores entre 80.00° e 100.00° em ambos os sexos e para todas as idades. No sexo masculino, a distribuição da variável ângulo foi mais simétrica, centrada em 90.88 graus, enquanto no sexo feminino existiu uma maior freqüência de valores maiores ou iguais a 90.00 graus, com média de 92.89°. Para as medidas lineares a maior freqüência relativa na amostra feminina foi de 0.31 mm e na masculina 0.32 mm, ou seja, cada grau de diferença entre o ângulo real mensurado e o ângulo sugerido de 90.00° correspondeu em medida linear a aproximadamente 0.31 mm. Sendo os pontos prosopométricos Rinio e Próstio de fácil localização no crânio, o cruzamento das retas que passam por esses pontos determinam o ponto Pronasal como vértice desse ângulo. Diante dos resultados obtidos, considerou-se possível a utilização do valor de 90.00° para o ângulo Rhi-Pn-Pr na determinação da projeção nasal em brasileiros adultos.