Setor do aço brasileiro: tendências para 2035, desafios e boas práticas de economia circular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Akiama, Solange Yukari
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-26062024-100156/
Resumo: O setor do aço é fundamental para o crescimento e desenvolvimento econômico. Entretanto, sua cadeia produtiva utiliza intensivamente recursos naturais e energia, o que significa 7% das emissões globais de dióxido de carbono, um dos principais fatores do aquecimento global. Por isso, são necessárias reformas profundas nas operações e estratégias empresariais, buscando diminuir sua contribuição para o aquecimento global. Em todo o mundo, as siderúrgicas estão adotando medidas para reduzir e compensar suas emissões, com uma tendência crescente para a incorporação de fontes de energia limpas e inovações tecnológicas que promovam a produção de aço com menor impacto ambiental. Essa estratégia se baseia em adotar práticas mais sustentáveis por meio da economia circular, modelo fundamentado na migração da cadeia linear para a cadeia circular, incentivando a redução, a reutilização, a remanufatura e a reciclagem dos recursos empregados durante as etapas do ciclo do aço. O Brasil é o segundo maior produtor de minério de ferro e o nono produtor de aço mundial, o que leva o setor do aço brasileiro a se inserir nesse cenário de transformação inadiável. Para contribuir com esta transição, neste trabalho o objetivo é mapear as tendências para 2035 do setor do aço brasileiro, considerando o arcabouço da economia circular. Além disso, pretende-se identificar os desafios a serem endereçados, bem como mapear as melhores práticas das empresas do setor. Para tanto, esta pesquisa foi concebida como uma investigação qualitativa e utilizou uma amostragem proposital, composta por especialistas com notório saber e que atuam nas diversas etapas da cadeia do aço no Brasil. As principais tendências identificadas apontam para: i) a economia circular como um novo paradigma para o setor siderúrgico; ii) o desenvolvimento tecnológico, em especial as energias renováveis; iii) a consolidação da gestão de resíduos como parte indispensável da cadeia do aço; e iv) a necessidade de incentivos e de regulação de práticas sustentáveis para favorecer uma transição para um cenário de baixas emissões de carbono. Adicionalmente, a pesquisa mapeou os desafios mais relevantes e as boas práticas consoantes a essas tendências, considerando o horizonte de 2035. Em resumo, demonstrou-se que o Brasil está alinhado com as tendências globais de sustentabilidade e de circularidade na cadeia do aço. No entanto, o país apresenta desafios particulares devido às condições de contorno, o que reflete divergências sutis de rota em vez de oposição às tendências mundiais, contribuindo assim para lançar as bases dos rumos necessários para manter o país em linha com as transformações globais do setor.