Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Frangiotti, Graziele Altino |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8148/tde-27062014-111639/
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Resumo: |
Estudos na área de Sociolinguística têm mostrado a complexidade da arquitetura do italiano contemporâneo, composta tanto de variedades linguísticas comuns a todas as línguas naturais, relacionadas às dimensões diamésica, diastrática, diafásica e diatópica, quanto de dialetos e interlínguas. Essa intricada realidade, no entanto, parece não chegar até os aprendizes de italiano, sobretudo, fora da Itália, que, frequentemente, têm a impressão de que essa língua é monolítica e estável. Isso, em geral, se reflete em seu desempenho enquanto falantes, pois, uma vez que acreditam que a língua italiana é imutável e única, não serão capazes de reconhecer as variedades e registros linguísticos produzidos por falantes nativos. Tendo em vista a importância do livro didático como fonte de input linguístico em sala de aula e como norteador da atividade docente e discente, selecionamos os dois livros didáticos mais usados no estado de São Paulo para o ensino do italiano no momento em que se iniciou a pesquisa, e analisamos como e em que medida tais obras expõem o aprendiz às variedades linguísticas do italiano para que desenvolvam competência sociolinguística e, portanto, sensibilidade sobretudo receptiva quanto à realidade linguística italiana. Para isso, analisamos os diálogos, os livros do aluno e os guias do professor das coleções didáticas Linea Diretta e Rete! com base em 67 critérios escolhidos por poderem identificar diferentes variedades do italiano. Os resultados relacionados ao livro Linea diretta permitem dizer que essa coleção aborda implicitamente alguns dos fenômenos considerados, mas que não os explora explicitamente. Por outro lado, Rete! praticamente não insere fenômenos marcados sociolinguisticamente em seus diálogos, mas trata as questões fonológicas das variedades regionais. Desse modo, foi possível constatar que o tratamento das variedades sociolinguísticas mostrou-se insuficiente e, em alguns casos, inexistente em ambos os livros didáticos, fazendo-nos concluir que o aprendiz, cujo input linguístico derive de seus conteúdos, dificilmente desenvolverá uma competência sociolinguística que lhe propicie reconhecer e compreender adequadamente enunciados produzidos em diferentes contextos comunicativos. |