Uma leitura do samba rural ao samba urbano na cidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Marcelino, Marcio Michalczuk
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-23102007-141606/
Resumo: A aglomeração de São Paulo no final do século XIX começa a tomar corpo de uma cidade moderna que se firma como metrópole em meados do século XX. O samba, muito mais que um simples estilo musical, chega da zona rural paulista e na aglomeração de São Paulo toma características \"urbanas\" passando a ser usado como voz por parte dos novos moradores, na grande maioria mão-de-obra barata. O crescimento do aglomerado impôs ao samba a necessidade de mudanças para ser incorporado à dinâmica urbana insurgente e de conseqüentes transformações sociais que ocorriam gerando centralidades peculiares. Visto como \"marginal\" na sociedade paulistana até praticamente o final do século XX, senão até hoje, cabe-nos desvendar em que contexto o samba se desenvolveu (início do séc. XX até início do séc. XXI), sempre na perspectiva do crescimento urbano paulistano, compreendendo seus valores e como estes contribuíram para a formação de uma cultura urbana paulistana típica de periferia formada em grande parte por pessoas vindas da área rural: na maioria negros que encontraram vasta heterogeneidade de tipos humanos e culturas, que aparentemente não poderiam se misturar, mas que acabaram identificando-se e fundindo-se no mesmo sentimento de pertença em uma nova realidade, agora urbana em suas vidas. A trajetória que o samba percorre do rural ao urbano serve como fundamento de leitura da metamorfose da sociedade brasileira, tendo São Paulo como referência no bojo da modernização da aglomeração e de sua metropolização.