Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Sanches, André Luis Ramos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20122012-171416/
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Resumo: |
O cancro cítrico, considerado uma das mais importantes doenças da cultura dos citros, apresentou um drástico aumento de 607% no índice de talhões contaminados no Estado de São Paulo entre 2009 e 2011, mesmo diante da obrigatoriedade legal da erradicação das plantas sintomáticas. O aumento ocorre logo após mudança na legislação de controle e erradicação da doença, justificando a importância de se avaliar as vantagens econômicas de manter o cancro sob controle no Estado e os impactos potenciais de sua disseminação. O objetivo deste estudo é analisar os benefícios econômicos de manter o cancro cítrico sob controle em São Paulo, e comparar as possíveis alternativas para sua prevenção e controle do ponto de vista da sustentabilidade econômica da produção. A abordagem analítica compreende avaliar os fluxos de custos e de receitas do setor diante de diferentes cenários de prevenção e controle do cancro. Com base em valores presentes líquidos desses fluxos, estimar a relação benefício-custo de prevenir, controlar ou manejar a doença no Estado de São Paulo, em um horizonte de tempo de 20 anos. Foram identificados os custos e benefícios mais expressivos ao produtor rural nos diferentes cenários, comparando-se as diferenças em produção de laranjas e custos de produção em situações de prevenção, controle e expansão da doença. Foram analisados os impactos de redução da produtividade e as variações nos custos de produção em cinco cenários, subdivididos em 12 sub cenários. Consideradas as pressuposições adotadas, os resultados apontam vantagens econômicas em manter o cancro cítrico sob controle em São Paulo, com relações benefício-custo significativamente superiores para cenários de prevenção e de controle comparados aos de expansão da doença. No acumulado de 20 anos, a prevenção ao cancro cítrico evita perdas no valor de R$ 12,82 para cada Real investido. Já no cenário em que 90% dos talhões contaminados não são erradicados, a relação é de apenas R$ 0,35 em perdas evitadas para cada Real investido no manejo, supondo que o preço real da laranja permaneça constante em R$11,00/caixa. Contudo, os resultados demonstram que a prevenção e controle da doença apresentam relação benefíciocusto superior ao manejo da doença no médio e longo prazos. Este resultado é relevante considerando que, atualmente, cerca de 99% dos talhões paulistas estão indenes a doença, embora seriamente ameaçados por crescente taxa de disseminação do cancro. |