Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Mari, Anibal |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-03032008-105053/
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Resumo: |
Esta dissertação propõe analisar os diálogos da peça Glengarry Glen Ross, de David Mamet, um dos principais dramaturgos do teatro norte-americano contemporâneo. A hipótese sugerida é que esses diálogos substituem a ação dramática e representam o substrato social que serviu de ponto de referência para a criação do enredo. São neles que as \"relações venais\" e o jogo de poder entre os personagens se concretizam, numa linguagem ilusória e ambígua, na qual valores individuais e comunitários, como a confiança, a amizade, a afeição, a lealdade e a verdade se subverteram, diante da necessidade de sobrevivência ou do sucesso a qualquer preço, ditados pelas práticas comerciais, pelas relações de poder, por uma mentalidade de negócios predatória e se transformaram em mercadoria, lucro e roubo. Glengarry Glen Ross (1983) faz parte da chamada \"trilogia do poder\", que abarca ainda American Buffalo (1975) e Speed-the-Plow (1985). As personagens dessas peças ou vivem à margem da sociedade capitalista norteamericana, como o triângulo masculino em American Buffalo, ou são representantes da baixa classe média, como os corretores de imóveis de Glengary Glen Ross, submetidos a uma competição feroz imposta pela direção da firma, onde os vencedores são promovidos e os perdedores, demitidos. Nessas circunstâncias, o contato humano entre eles foi corrompido pela ganância, pelo dinheiro, pela necessidade de sobrevivência. Essas peças são um exercício de crítica ao darwinismo social. |