Mobilidade e classes sociais: o fluxo migratório boliviano para São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Preturlan, Renata Barreto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-11062013-105409/
Resumo: O objeto deste trabalho é o fluxo migratório boliviano para São Paulo. Ele tem como objetivo contribuir para os avanços teóricos sobre as migrações em geral, e para o avanço das teorizações sobre as migrações transnacionais em particular, problematizando a estruturação dos fluxos migratórios pelas diferenças de classes sociais. A pesquisa visa responder em que medida as diferenças e hierarquias de classes sociais constituem uma dimensão relevante para a análise e compreensão de fluxos migratórios, especialmente aqueles marcados por forte mobilidade espacial, como o fluxo boliviano para São Paulo. A hipótese que orientou a investigação é de que a extração de classe dos migrantes e sua situação de classe no local de destino são dimensões centrais para a compreensão dos diferentes perfis dos fluxos migratórios, suas condições de integração e relação com o Estado e o espaço público. Foi adotado o conceito de classe social de Max Weber. A investigação se debruçou sobre as condições que dão origem aos fluxos migratórios bolivianos, incluindo sua inserção no sistema migratório regional vinculado aos setores de confecções da capital paulistana e de Buenos Aires (Argentina). Também é discutida a situação de classe dos migrantes em São Paulo, principalmente a partir de suas principais inserções no mercado de trabalho local (setor de confecções e comércio ambulante). A partir deste diagnóstico, é discutida inserção dos migrantes no espaço público, sua relação com o Estado brasileiro e suas formas de organização e associação. Por fim, a partir de uma análise microssocial, discutem-se as motivações e perspectivas do projeto migratório, e o papel dos objetivos de ascensão social na estruturação das suas trajetórias migratórias e de vida.