Turquia:dicotomias e ambivalências de uma possível potência regional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Guimarãis, Marcos Toyansk Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-11122007-095421/
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar a geopolítica da Turquia após as transformações que alteraram o ambiente geopolítico em escala mundial. Desde a fundação da República da Turquia, Ancara tem desenvolvido relações preferenciais com o Ocidente, implementando diversas adaptações políticas, sociais e econômicas a fim de superar definitivamente o legado otomano e se ajustar às exigências do mundo ocidental. Durante a Guerra Fria, a Turquia passou a integrar a Aliança Transatlântica e serviu como elemento de contenção da União Soviética. Entretanto, o fim do mundo bipolar reduziu a importância da Turquia para a ampla estratégia de contenção americana, trazendo a necessidade de novos argumentos para manter o seu peso estratégico. Ao mesmo tempo, surgiram novas oportunidades para Ancara, especialmente quanto ao desenvolvimento de relações econômicas e culturais com os Estados independentes da ex-União Soviética. Os atentados de 11 de setembro e a reação norte-americana colocaram a Turquia novamente no centro da política americana como exemplo de compatibilidade entre o Islã e a modernidade ocidental e no combate ao terrorismo. Diversas interpretações do espaço geopolítico mundial destacam a importância da Turquia, desde sua importância estratégico-militar até seu papel como interlocutora entre o Ocidente e o mundo muçulmano, dentro de uma sugestão de choque entre as civilizações. Apesar disso, a Turquia ainda enfrenta sérios desafios externos em todas as direções, entrelaçados com seus problemas internos que, por muitas vezes, ultrapassam suas fronteiras e se tornam assuntos transnacionais.