Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Silva, Pamela Papile Lunardelo da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-27032024-134804/
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Resumo: |
A dificuldade de percepção de fala é uma queixa frequente entre adultos normo-ouvintes, principalmente em condições adversas de escuta. Uma possível causa para estas queixas são as alterações na análise das informações acústicas pelo sistema nervoso central. Este sistema passa por mudanças morfológicas e funcionais com aumento da idade, e pouco se sabe a respeito de suas influências nos diferentes mecanismos de escuta do processamento auditivo. Objetivo: A presente tese apresentou três objetivos: a) caracterizar a avaliação do processamento auditivo na vida adulta em relação a população de interesse, assim como, os testes auditivos e não auditivos utilizados a partir da literatura; b) verificar se ocorrem mudanças de desempenho em testes comportamentais auditivos ao longo da vida adulta, bem como, verificar a influência ou não da memória de trabalho e da escolaridade sobre os resultados; c) investigar as mudanças relacionadas ao declínio das respostas auditivas em região tálamo-cortical, por meio do registro eletrofisiológico. Método: Para o primeiro objetivo realizou-se uma busca sistemática da literatura, com descritores específicos e busca em diferentes bases de dados, seguindo a Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses. Para o segundo e terceiro objetivo foram recrutados 80 sujeitos normo-ouvintes, de ambos os sexos, com idades entre 18 a 59 anos. Todos apresentaram no mínimo dez anos de escolaridade, desempenho adequado no mini exame do estado mental, ausência de exposição ocupacional ao ruído, sintomas e/ou diagnósticos neurológico, sindrômicos e/ou metabólicos, antecedentes de cirurgia otológica e/ou de cabeça e pescoço e queixa espontânea de hipoacusia. Foi realizado o teste de sentenças no ruído, em campo livre, os testes de processamento auditivo (dicótico de dígitos, padrão de duração e frequência, gap in noise, masking level difference); também foi realizada provas para avaliação da memória de trabalho (span de dígitos em ordem direta e inversa) e o registro eletrofisiológico do potencial evocado auditivo de longa latência (componentes P1 e N1). Resultados: Três manuscritos foram elaborados a partir dos objetivos propostos. No primeiro, uma revisão sistemática da literatura, identificamos 24 artigos que respondiam às perguntas de pesquisa, dos quais a maioria dos estudos tinha como casuística adultos com alguma doença e/ou condição de saúde específica (e.g. tabagismo), o teste mais utilizado foi o fala no ruído. No segundo, identificamos diferenças ao longo da vida adulta pré-senescência nos testes comportamentais, com exceção do masking level difference. No terceiro, verificamos que não há diferenças na latência e amplitude de P1 e N1 entre as idades de 18 a 59 anos. Conclusão: O desempenho do processamento auditivo de adultos hígidos foi pouco explorado na literatura anterior. As mudanças comportamentais auditivas, decorrentes da idade, iniciam-se aos 30 anos e acentuam-se aos 40 e 50 anos, sendo a escolaridade e memória de trabalho, junto com a idade, variáveis que influenciaram os resultados. Não houve diferenças no processamento tálamo-cortical ao longo da vida adulta que indiquem declínio de suas respostas, com o aumento da idade. |