Reverberações da ideia de inclusão no âmbito da Psicologia: um estudo arquivístico nas publicações da revista Psicologia Escolar e Educacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Daniel Nascimento Teixeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-19122024-160649/
Resumo: Neste trabalho encontra-se um esforço de desnaturalização da inclusão enquanto um imperativo contemporâneo, pensando sobre como ela opera para circular na sociedade. Nesta dissertação, questiona-se sobre as formas de dizer sobre o fazer do psicólogo escolar e educacional quando convocado a atuar em situações de inclusão escolar. Tal abordagem trabalha em conjunto com produções que aproximam as contribuições de Michel Foucault aplicadas à inclusão escolar, a partir de duas ideias fundamentais - a inclusão como imperativo e como expressão de racionalidades governamentais - implementada por meio da técnica arquivística sistematizada por autores foucaultianos. Para tal, tomou-se como corpus as publicações da Revista Psicologia Escolar e Educacional da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional entre 1996, seu início, até 2023. Tal contenda produziu arquivo com trechos selecionados sobre a ideia de inclusão no periódico. O arquivo possibilitou a percepção de três núcleos de significados referentes a localização daqueles a serem incluídos, aqueles que devem garantir a inclusão e ações que expressam a inclusão. Os três eixos são esmiuçados por meio da análise temporal das formas enunciativas encontradas no arquivo. Por fim, com este estudo, concluiu-se que o psicólogo escolar atua como gerenciador de um processo de reprodução social (inclusão), reverberando aspectos da perspectiva de governamento neoliberal, assim como perpetua práticas dos modelos clínico e crítico de atuação.