Avaliação das Células L de acordo extensão da Alça Biliopancreática em pacientes com obesidade grave e diabetes tipo 2 submetidos à Gastroplastia com Derivação em Y de Roux

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Estabile, Priscila Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-27092023-160305/
Resumo: INTRODUÇÃO: As incretinas secretadas pelas células L distribuídas ao longo do trato gastrointestinal auxiliam no controle glicêmico e metabólico. Pacientes com obesidade e diabetes mellitus tipo 2 apresentam secreção reduzida dos peptídeos YY (PYY) e glucagon-like peptídeo 1(GLP-1), o que poderia ser explicado por uma menor densidade de células L. Alguns estudos sugerem que pode haver aumento da atividade das células L com aumento da extensão da alça biliopancreática (BP). OBJETIVO: comparar o efeito da extensão da alça biliopancreática em relação ao número e expressão das células L em pacientes submetidos à GDYR. MÉTODOS: estudo prospectivo e randomizado com 13 indivíduos portadores de obesidade grave e diabetes tipo 2 submetidos à GDYR, subdivido em dois grupos: com alça biliopancreática padrão medindo 100 cm (G1=6) e alça biliopancreática longa 200 cm (G2=7), com alça alimentar de 100 cm em ambos. As biópsias intestinais foram realizadas em 3 segmentos e em 2 tempos, pré-operatório (T1) e pós-operatório de 6 meses (T2): na gastro-entero anastomose (ponto A1=100cm/ponto A2=200cm), entero-entero anastomose (ponto B1=100cm/ponto B2= 100cm) e a 10 cm proximal à válvula ileocecal (ponto C1=10cm/ponto C2=10 cm). As análises de imuno-histoquímica (IHQ) e qRT-PCR foram realizadas nas biopsias intestinais com anticorpos anti-GLP-1 e anti-PYY produzidos pelas células L. RESULTADOS: Foi encontrada maior densidade de células L no ponto C em relação aos pontos A e B em ambos os tempos. Houve aumento significativo (p< 0,0001) do número de células L entre os períodos T1 para T2 marcadas tanto pelo PYY (T1:17+10,5; T2: 23,5 + 10,7) quanto pelo GLP1 (T1: 17 + 10,5; T2: 23,5 + 10,7) somente no ponto C. Não houve diferença significativa no número de células L entre os grupos G1 e G2 nos pontos A, B e C em ambos os tempos. Houve diferença significativa na expressão gênica do PYY de T1 para T2 ,não há diferença entre os grupos G1 e G2 nos pontos A (A1: 17,3+2,9; A2: 19,9+ 1,9; p= 0,09), B (B1: 13,7 + 6,6; B2: 14,1 + 4,9; p= 0,89) e C (C1: 13,2 + 2,2; C2: 11,4 + 3,4; p= 0,32) e também ocorre aumento da expressão gênica do GLP1 de T1 para T2, não ocorre diferença entre os grupos G1 e G2 (A1: 20,8 + 4,1; A2: 23,7 + 3,6;p=0,2), B (B1:14,3+7,9; B2: 22,7+11,8p=0,1) ,(C1: 17 + 4,1; C2 : 21,1 + 4,8; p=0,2). Dentre os pacientes avaliados 6 meses após a cirurgia 77% apresentaram remissão da diabetes tipo 2. CONCLUSÃO: o número de células L na porção distal do intestino é maior do que na porção proximal. Houve aumento significativo do número de células L e na expressão gênica no período pós-operatório somente na porção distal do intestino delgado independentemente do tamanho da alça biliopancreática