Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Crespo, Andréa de Fátima Cristino Bastos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-23092022-121506/
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Resumo: |
Introdução: 90% dos pacientes com DM2 estão acima do peso. A cirurgia bariátrica determina melhor controle da glicemia precocemente e a longo prazo, dependente em maior ou menor intensidade da perda de peso, das mudanças nutricionais ou dos efeitos entero-hormonais desencadeados pela cirurgia. Objetivo: Comparar os efeitos da perda semelhante de peso induzida por dieta de muito baixo valor calórico (VLCD) e por gastroplastia redutora com derivação em Y de Roux (GDYR) no perfil glicêmico e entero-hormonal em pacientes com obesidade grave e DM2. Métodos: 10 pacientes foram avaliados nos seguintes períodos: pré- cirúrgico 0 (pré 0 =à internação), pré-cirúrgico 1 (pré 1 = após perda de 10% do peso por dieta VLCD) e pós-cirúrgico (pós = após perda de 10% do peso pela GDYR). Os pacientes submeteram-se à dosagem da glicemia de jejum e teste oral de tolerância à glicose (TOTG) para diagnóstico de DM2 no pré 0 e pré 1. Nos 3 períodos avaliados todos coletaram o perfil glicêmico e entero-hormonal (Grelina, GIP e GLP1) em jejum (T0) e 30, 60, 90 e 120 minutos após ingestão de refeição padrão com solução com 300 kcal (Nutren 1.5®). Resultados: Não ocorreram complicações ou óbitos. A média da idade foi 50,6 ± 9,5 anos e IMC médio de 43,5 ± 3,6 kg/m2 . No pré 0 apresentaram glicemia média de jejum de 147,5 ± 50,3 mg/dL, HbA1c de 8,0 ± 2,0 %, TOTG de 289 mg/dL e peptídeo C de 7,2 ± 2,8 ng/mL. No pré 0 os 10 pacientes atingiram glicemia > 200 mg/dL após TOTG, enquanto que, no pré 1, apenas 5 pacientes o apresentaram alterado. Após estímulo com refeição padrão, houve diminuição significativa da glicemia entre pré 0 e pré 1 (p < 0,001) e entre pré-0 e pós (p < 0,001) e entre pré 1 e pós (p=0,022).Redução significativa da insulina no T0 entre pré 0 e pós (p=0,006) e entre pré 1 e pós (p=0,006). Houve diminuição significativa do HOMA-IR entre pré 0 e pós (p = 0,006) e entre pré 1 e pós (p = 0,018). Houve aumento dos níveis de grelina no T0 entre pré 0 e pré 1 (p=0,001), com redução no pós. Não houve diferença significativa do GIP em nenhum dos períodos avaliados. Houve aumento significativo dos níveis de GLP1 entre o pré 0 e pré 1(p < 0,004) apenas em T0; entre pré 0 e pós em T30,60,90 e 120 (p=0,002; 0,002; 0,01; 0,01) e entre pré 1 e pós em todos os tempos (p=0,01; 0,002; 0,002; 0,01; 0,04). Conclusões: Com perda de peso de aproximadamente 10% induzida por dieta, metade dos pacientes da amostra obteve o controle glicêmico. Após GDYR e perda de peso equivalente a 10%, todos pacientes estudados melhoraram o controle glicêmico. Houve aumento significativo dos níveis de grelina após perda de peso por dieta e redução expressiva após a cirurgia. Não houve diferença na variação dos níveis de GIP. Em relação ao GLP1 ocorreu elevação significativa após a perda de peso por dieta apenas no jejum, havendo elevação em todos tempos no pós-cirúrgico |