Desenvolvimento de uma agulha para terapia celular e biópsia direta ou percutânea do coração

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Soubihe Junior, Nathan Valle
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-29082016-120115/
Resumo: Introdução:O papel das biopsias do miocárdio, tem tido relativa importância em cardiologia, sendo método diagnóstico fundamental em um pequeno número de patologias do coração como na doença por depósito de glicogênio, amiloidose, hemocromatose e nas miocardites. Ao longo dos anos, o desenvolvimento de diferentes procedimentos que possibilitam a obtenção de fragmentos do tecido cardíaco passou por diversos estágios e evoluída miocardiectomia a céu-aberto aos cateteres endovasculares, passando por procedimentos com agulhas de punção. Estes apesar de estar em desuso atualmente, têm particular importância por proporcional acesso ao miocárdio e a cavidade ventricular esquerda. Paralelamente, a terapia celular tem sido utilizada na recuperação e preservação da função cardíaca em coronariopatia crônica e na doença de chagas. As punções biópsias do coração ressurgem como possível método alternativo de acesso ao miocárdio e implante de material biológico para terapia celular. Objetivos:apresentar instrumento de punção, biopsia e injeção intramiocárdica de material biológico, padronizar a técnica e atestar a segurança do método.A adaptação consiste em um sistema de escarificação do miocárdio para permitir melhor fixação de células-tronco. O objetivo do presente trabalho visa apenas o desenvolvimento da agulha e testar histologicamente a qualidade das biópsias. Método: O instrumento para punção e injeção de material biológico é composto por uma agulha exterior (1), chamado de acoplamento de infusão, o qual contém na sua extremidade uma ponta romba (2) e vários orifícios de 0,5 mm de diâmetro (3). Internamente, está equipado com uma agulha com um mandril fechado, que quando introduzidas no exterior, pode ser mobilizada para dentro para encher os orifícios laterais ocluindo ou soltá-los. O procedimento para a produção de microlesões micro é feito através da troca do mandril de ponta romba (durante o procedimento) por um mandril escova (4), provido de microcerdas que são estruturalmente concebidas para preencher os orifícios com a exteriorização das pequenas cerdas (5). O instrumento está equipado com um mecanismo de bloqueio, que permite a sua mobilização perfeita como uma única unidade de microlesões ou, ainda pode ser utilizado somente como uma agulha externa, de modo que pode tornar-se um instrumento de injeção biológica. Resultado: A técnica já foi testada em modelo suíno vivo mostrando sua viabilidade e segurança. Como resultados são apresentados aspectos macroscópicos e microscópicos do coração (Corantes Hematoxilina eosina, Tricrômico Masson e Azul de Evans).Conclusão: No tocante a sua função o novo Instrumento de punção/infusão tem por característica principal o fato de ser multifuncional. Permite ao operador acessar a cavidade ventricular esquerda por via transtorácica sem risco de lesão (perfuração), das artérias coronárias. Permite penetrar o miocárdio sem laceração das fibras musculares pela divulsionamento das mesmas e escarificar o miocárdio. gerando micro-lesões musculares por intermédio de seu mandril com cerdas, promovendo a \"inflamação benéfica ao processo de transplante celular.