Construindo subsídios para a promoção da educação científica em visitas a laboratórios de pesquisa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Watanabe, Graciella
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-31052012-095552/
Resumo: O trabalho apresentado investiga as contribuições da pesquisa em ensino de ciências para a promoção da educação científica em atividades a serem desenvolvidas por laboratórios ativos de pesquisa. Apoiado nos debates sobre o ensino em espaços não formais, procura situar o ambiente de trabalho desses centros e suas possibilidades de interlocução com a escola básica e o público em geral. Tal perspectiva localiza as limitações desses laboratórios, reconhecendo a não intencionalidade própria dos espaços envolvidos, ao contrário do que se observa, por exemplo, em museus ou exposições científicas. Por outro lado, identifica sua singularidade, enquanto ambiente privilegiado para apresentar os processos de produção científica, enfatizando os aspectos sociais de seu fazer, pouco explorados no contexto escolar. Com esse intuito, foram analisadas as possíveis contribuições de reflexões sobre Alfabetização Científica e Ciência- Tecnologia-Sociedade (CTS), a fim de inserir articulações entre os aspectos do conhecimento científico presentes nos laboratórios e as demandas de visitantes. Em particular, investiga-se o acelerador de partículas Pelletron, do Departamento de Física Nuclear do IFUSP, analisando diferentes estratégias associadas a visitas, desenvolvidas ao longo de seis anos de trabalho, com a finalidade de promover a educação científica. Nessas análises, foi possível identificar que os diferentes protagonistas, sejam eles alunos, professores, cientistas ou técnicos, manifestam interesses nem sempre convergentes. Isso conduziu ao questionamento da centralidade atribuída ao conhecimento físico conceitual, procurando ampliar a ideia de conhecimento de forma a incluir outras dimensões do fazer científico. Nessa direção, discute-se o potencial de dimensões do conhecimento relacionadas à produção da ciência e sua função social. Propõe-se, assim, que o conhecimento físico se articule com situações da dinâmica da vida do laboratório e com as questões de inserção da ciência no conjunto da sociedade, ampliando a compreensão dos visitantes acerca da ciência.