Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Mazza, Márcia Maria Porto Rossetto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-09062008-101552/
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Resumo: |
Esta tese é uma continuação da investigação iniciada em meu trabalho de mestrado desenvolvido em 2002, cujo foco dirigiu-se ao cuidador familiar, figura central de atenção ao idoso no domicílio. Este estudo se propôs a estudar como se estabeleceram as relações de cuidado entre o cuidador familiar e o idoso, desviando o olhar deste cuidador e focalizando o olhar no idoso, podendo, com isto, estabelecer a contrapartida para o entendimento desta dinâmica. O objetivo foi identificar o significado, para a pessoa idosa, portadora de alguma incapacidade funcional, que caracterize alguma forma de dependência, sobre o cuidado que a ela é prestado pelo seu cuidador familiar, e identificar a representação social desta pessoa idosa, com referência ao seu cuidador familiar. Foram entrevistados 31 idosos na faixa etária de 65 a 95 anos, matriculados no Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza, da Faculdade de Saúde Pública - USP, pertencentes à região de Pinheiros, cidade de São Paulo. A metodologia utilizada foi a qualitativa, usando a teoria da representação social, e a estratégia metodológica para a análise das entrevistas foi o discurso do sujeito coletivo-DSC. Diferentes representações sociais foram extraídas dos depoimentos. Quanto ao significado do cuidado foram referidos: o afeto que recebiam do seu cuidador; a vocação do cuidador para executar o cuidado; a solidão que sentiam; a obrigação/retribuição; o desgaste/tensão, e a troca de papéis. As representações quanto ao julgamento do cuidador e do cuidado foram tanto atributos exclusivos do cuidador quando se referiram à sua competência e eficiência, como atributos dos próprios idosos quando justificaram ser independentes e fáceis de cuidar. Em contraposição, ao reconhecimento de sua dependência do cuidador ao enumerar suas fragilidades; à importância deste cuidador quando asseguraram não terem mais ninguém, só ele; e outras alternativas de cuidado como: contar com a família como provedora de auxílio; procurar outro cuidador; ir para instituição de longa permanência, como asilo/casa de repouso; contar com a ajuda de Deus; importância do empregado doméstico na ajuda do cuidado; morar sozinho, apesar das fragilidades; contar com o amparo dos amigos e do serviço de saúde. Para tais idosos a família é a instituição mais valorizada para executar o cuidado, na hipótese de não haver mais o cuidador principal. Reconhecem a dificuldade da prestação do cuidado para a vida de seu familiar e a dificuldade de encontrar outro cuidador para se responsabilizar por eles. A preservação da sua autonomia e independência são buscas contínuas no cotidiano de suas vidas. Através dos discursos dos idosos foi possível compreender suas necessidades, anseios, desejos, possibilitando uma reflexão sobre o envelhecimento e suas implicações. |