Efeito da reabilitação vestibular sobre a qualidade de vida de idosos portadores de labirintopatias de origem vascular e metabólica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Mantello, Erika Barioni
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
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Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-29112006-151637/
Resumo: A tontura é um sintoma que acomete a população mundial, sendo observada maior prevalência em idosos devido ao processo de deterioração funcional dos sistemas auditivo e vestibular com o envelhecimento e também devido à alta sensibilidade destes sistemas a problemas clínicos situados em outras partes do corpo humano, comumente relacionados à etiologia vascular e metabólica. A Reabilitação Vestibular (RV) tem se mostrado uma importante e efetiva estratégia no tratamento de indivíduos com desordens do equilíbrio corporal, proporcionando uma acentuada melhora na qualidade de vida. O objetivo deste trabalho foi avaliar prospectivamente o efeito da RV como forma de tratamento das labirintopatias de origem vascular e metabólica sobre a qualidade de vida de indivíduos idosos. O estudo foi delineado como um ensaio clínico prospectivo, longitudinal, observacional, com a participação de 40 indivíduos idosos de ambos os gêneros, com faixa etária entre 60 e 84 anos, divididos em 2 grupos conforme o diagnóstico médico, tontura de origem vascular ou metabólica. Os pacientes passaram por anamnese, aconselhamento, avaliação da qualidade de vida (escala de quantificação da tontura e Dizziness Handicap Inventory brasileiro) e a RV propriamente dita que se baseou no protocolo de Cawthorne e Cooksey. A análise estatística dos dados foi feita através do teste t-Student, para comparações de amostras pareadas, usando um teste de hipótese bilateral; os coeficientes de Pearson e de Spearman foram usados no estudo de correlações. Observou-se que o idoso portador de labirintopatia de origem metabólica ou vascular, possui idade média de 70,2 anos, diagnóstico prevalente no grupo metabólico de diabetes mellitus e no grupo vascular de hipertensão arterial sistêmica. Pelas escalas utilizadas podemos observar que os aspectos avaliados por meio do DHI (físico, emocional, funcional e geral) e escala de quantificação de tontura, melhoraram após a intervenção terapêutica pela Reabilitação Vestibular nos idosos portadores de labirintopatias de origem vascular e metabólica. Contudo não se observou diferença significativa nas escalas do DHI e quantificação da tontura pós RV entre os grupos metabólico e vascular. Observou-se ainda, neste estudo, correlação significativa entre a escala de quantificação da tontura com o DHI pré e pós-tratamento. Pelas questões abordadas no DHI houve um incremento na qualidade de vida de todos os idosos em estudo. O período de terapia mediante RV variou de quatro a dez sessões terapêuticas. Assim, levando em consideração os dados epidemiológicos do envelhecimento no Brasil e sabendo que a grande parte dos idosos com afecções otoneurológicas tem origem vascular e metabólica, conclui-se que a RV baseada nos protocolos de Cawthorne e Cooksey pode ser utilizada de modo benéfico nesta população, trazendo inclusive impacto positivo na qualidade de vidas destes indivíduos.