O discurso e a prática da smart city: perspectivas crí­ticas e aproximações sistemáticas no contexto de metrópoles latino-americanas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Poli de Figueiredo, Gabriel Mazzola
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16132/tde-21092018-151408/
Resumo: A ausência de consenso a nível mundial sobre o que é uma Smart City abre margem para a apropriação do termo por uma retórica de consumo tecnológico que pode não ter compromisso algum com melhorias sociais e urbanas. Em um cenário em que estudos de caso e soluções-padrão são amplamente utilizados, torna-se problemático o fato de que muitos dos casos estudados na literatura foram pensados para cidades europeias, asiáticas e norte-americanas, que apresentam uma dinâmica social signifi cativamente diferente das brasileiras e latino-americanas. A presente pesquisa visa, portanto, contribuir com uma abordagem crítica e sistemática para o entendimento do discurso Smart City e seus desdobramentos práticos no contexto de metrópoles latino-americanas. Por meio de um panorama geral sobre o fenômeno Smart City, é feita uma revisão da literatura científi ca, documentos, notícias e projetos para compreender o discurso em torno da Smart City e sua evolução nos últimos vinte anos. Esse discurso é então confrontado com as práticas e fenômenos tipicamente encontrados nas metrópoles latino-americanas, tendo como referência a Região Metropolitana de São Paulo. Em seguida, são levantadas diversas fragilidades conceituais e fantasias em torno da Smart City e da atribuição da inteligência à cidade e outros objetos da técnica. Parte-se para um questionamento à própria validade do termo Smart City e coloca-se a importância de qualifi car a discussão em torno dos cenários urbanos futuros. Dada a própria natureza plural e complexa do ambiente urbano, defende-se a necessidade de uma refl exão capaz de abrir margem para novas possibilidades de discurso e prática projetual. São elencados os pilares essenciais ao sustento de tal refl exão, assim como algumas diretrizes e considerações visando a incorporação desta ao projetar do urbano. Por fi m, são sugeridas novas dimensões de análise que permitam reconhecer os aspectos problemáticos levantados ao longo deste trabalho.