Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Mendes, Patrícia Franciscone |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-13112014-162653/
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Resumo: |
A Uncaria tomentosa (U. tomentosa), popularmente conhecida como \"Unha-de-gato\", é uma planta medicinal nativa das Américas, mundialmente empregada devido às suas atividades anti-inflamatórias e imunomodulatórias. O consumo desta planta ocorre não apenas na forma in natura, mas principalmente como fitoterápico, sendo muitas vezes utilizada de forma indiscriminada pela população. Apesar de vários estudos revelarem as propriedades terapêuticas da U. tomentosa, poucos são os trabalhos que empregam protocolos estabelecidos por agências regulamentadoras internacionais, para a avaliação dos possíveis efeitos tóxicos e imunotóxicos deste fitoterápico. Assim, o propósito do presente estudo foi verificar se a administração de um extrato seco de U. tomentosa, comercialmente disponível no mercado, poderia ocasionar efeitos tóxicos e imunotóxicos em ratos após 90 dias de tratamento. Para isso, 40 ratos Wistars machos foram tratados oralmente com as doses de 15, 75 ou 150 mg/kg de extrato seco de U. tomentosa comercialmente disponível no mercado, contendo teores de alcaloides de acordo com aqueles valores preconizados em literatura. No final do período experimental, os animais foram submetidos à eutanásia para realização de avaliações bioquímicas, hematológicas, histopatológicas, análise de órgãos linfoides e não-linfoides, avaliação das respostas imunes inata, inflamatória e humoral, bem como teste para determinação de reação de hipersensibilidade do tipo IV. Os resultados revelaram aumento nos níveis de ALT dos animais tratados com a dose de 75 mg/kg, e redução nos índices glicêmicos de ratos tratados com 75 e 150 mg/kg de U. tomentosa. Entretanto, somente os ratos tratados com a maior dose exibiram discreta vacuolização centro-lobular hepática; assim, somente os dados de ALT não são sugestivos de efeitos hepáticos adversos da U. tomentosa após um longo período de tratamento. A redução nos índices sanguíneos de glicose dos ratos, após tratamento com a U. tomentosa, podem representar importante risco para seres humanos diabéticos, susceptíveis ao desenvolvimento de hipoglicemia e que fazem uso da U. tomentosa para outros propósitos. Em conclusão, estes estudos demonstraram que, apesar de a U. tomentosa não promover efeitos tóxicos e imunotóxicos, o uso prolongado da mesma, a altas doses, pode promover redução dos índices glicêmicos. |