Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Honório, Isabela Cristina Gomes [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/138893
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Resumo: |
Uncaria tomentosa Willd. ex Roem. & Schult. e Uncaria guianensis Gmell. são plantas medicinais nativas da Amazônia, utilizadas na medicina tradicional com ação anti-inflamatória, sofrem pressão antrópica como o desmatamento e extrativismo predatório para uso e necessitam de cuidados em relação à conservação. U. tomentosa é uma das plantas medicinais que compõe a lista da relação nacional de medicamentos essenciais (RENAME) disponibilizada pelo Ministério da Saúde para os municípios brasileiros, através do Sistema Único de Saúde (SUS) e a U. guianensis apesar de não estar nesta lista apresenta também alcaloides oxindólicos pentacíclicos, como marcadores químicos, sendo utilizada popularmente como anti-inflamatória e sua ocorrência na natureza é maior quando comparada à U. tomentosa. Os objetivos desse trabalho foram avaliar a diversidade genética e química entre os indivíduos de U. tomentosa e U. guianensis por marcador molecular SRAP (Sequence-Related Amplifield Polymosphism) e quantificar os alcaloides oxindólicos pentacíclicos mitrafilina e isomitrafilina em folhas por HPLC. A coleta do material foi feita nos estados do Acre, Amazonas, Amapá e Pará. Para ambas as espécies foram coletadas oito populações, em municípios distintos com 20 indivíduos cada. A genotipagem de U. tomentosa foi realizada utilizando três combinações de primers e os fragmentos submetidos à eletroforese em gel de poliacrilamida. A genotipagem de U. guianensis foi realizada usando quatro combinações de primers e os fragmentos analisados no equipamento 4300 DNA Analyser LI-COR®. A quantificação dos alcaloides oxindólicos pentacíclicos mitrafilina e isomitrafilina foi realizada de acordo com método já descrito na literatura com algumas modificações. Nas populações avaliadas de U. tomentosa a variabilidade genética foi maior dentro (75%) das populações do que entre elas (25%). O valor de Fst foi de 0,246, evidenciando que as populações estão estruturadas em Modelo de Ilhas. A maior porcentagem de locus polimórficos (95,68%) e a maior diversidade genética foram encontradas na população coletada no município de Mâncio Lima - AC. O fluxo gênico foi considerado restrito (Nm=1,57) e não houve correlação entre as distâncias geográfica e genética. Para a espécie U. guianensis, a variabilidade genética também foi maior dentro das populações (81%) do que entre elas (19%). O valor de Fst foi de 0,188, o que mostra que as populações estão se aproximando do Modelo de Ilhas. A maior porcentagem de locus polimórficos (90,21%) e a maior variabilidade genética foram verificadas na população coletada no município de Mazagão-AC. O fluxo gênico foi considerado baixo (Nm = 2,57) e houve fraca correlação entre as distâncias geográfica e genética, portanto considerada não significativa. A maior concentração dos alcaloides mitrafilina (11,17 mg.g-1.PS) e isomitrafilina (2,99 mg.g-1.PS) em U. tomentosa foram encontradas nos indivíduos da população de Tarauacá-AC e em U. guianensis foi de 1,09 mg.g-1.PS de mitrafilina e 0,29 mg.g-1.PS de isomitrafilina encontradas na população de Boca do Acre-AM. Além disso, para essa espécie, foi possível quantificar mitrafilina em apenas 24,8% dos indivíduos e a isomitrafilina em 20,4% dos indivíduos estudados. Conclui-se que a conservação de ambas as espécies deverá ser realizada com a coleta de um maior número de indivíduos nas populações com maiores variabilidades genética e química. |