Variabilidade do perfil químico em uncaria tomentosa (Willd.) dc. segundo origem geográfica, altitude e sazonalidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Peñaloza, Evelyn Maribel Condori
Orientador(a): Gonzales Ortega, George
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/233430
Resumo: Uncaria tomentosa (Willd.) DC. (unha-de-gato) é uma das espécies vegetais nativas da América do Sul mais estudadas devido às atividades biológicas e etnofarmacológicas associadas, principalmente, aos alcalóides oxindólicos, derivados do ácido quinóvico e aos polifénois presentes nas cascas. Contudo, a literatura científica sobre o efeito do local, altitude e época do ano na composição quali-quantitativa destes três grupos de substâncias bioativas é escassa e até controversa. O presente trabalho visa contribuir justamente nesse aspecto. Para isso 22 amostras silvestres de diferentes origens geográficas, altitudes e épocas do ano foram coletadas na floresta amazônica peruana, e sua composição química foi determinada por CLAE-PDA, segregando-se cascas de caule, galhos e folhas. As possíveis relações foram estabelecidas por técnicas de análise multivariada (Análise Hierárquica de Agrupamentos e Análise dos Componentes Principais) sendo adicionalmente monitoradas variações ao longo das estações chuvosa e seca. Os alcalóides oxindólicos totais ocorrem em teores significativos nas três partes da planta, na ordem folhas>cascas de caule>galhos, enquanto que glicosídeos do ácido quinóvico ocorrem em cascas de caule, mas estão ausentes em folhas e galhos. Os polifenóis também ocorrem nas três partes da planta, mas predominam nas folhas, sobretudo o ácido clorogênico. Para cascas de caule, indivíduos com altos teores de alcalóides pentacíclicos e baixos teores de alcalóides tetracíclicos foram associados a uma faixa de altitude de 227–559 m; indivíduos com menor teor de ácido clorogênico predominam na faixa de 134 – 559 m. Pela análise multivariada não foi evidenciada qualquer correlação entre os fatores ambientais (origem geográfica e altitude) e composição química, seja considerando substâncias bioativas ou partes da planta. Porém, ambas as técnicas de análise multivariada evidenciaram a presença de três agrupamentos para os alcalóides oxindólicos, mais claramente definidos nas folhas e galhos, independentemente da região, altitude e época do ano. A época de coleta parece afetar apenas o teor do ácido clorogênico, especialmente nas folhas.