Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1976 |
Autor(a) principal: |
Tomazello Filho, Mario |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20240301-153915/
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Resumo: |
No presente trabalho, foram conduzidos estudos sobre a identificação e fisiologia do agente casual do cancro e resistência em Eucalyptus spp. O fungo identificado inicialmente como Endothia havanenisBruner, teve, através de estudos micológicos, sua posição taxonômica alterada para Diaporthe cubensis Bruner. Diaporthe cubensis caracteriza-se por apresentar peritécios imersos em estroma pouco desenvolvido, com longos rastros que atravessam a casca, ascos e ascosporos medindo 29,96 x 5,13 u e 6,85 x 2,30 u, respectivamente, e ascosporos bicelulares sem constrições no septo. Dos meios de cultura e regimes de luz utilizados no ensaio de esporulação, o BOA e iluminação fluorescente continua foram as melhores condições para a indução de picnídios do fungo. O isolado foi induzido a esporular mais intensamente, quando o micélio desenvolvido inicialmente no escuro era mantido sob regime de luz continua, A melhor faixa de temperatura para o crescimento vegetativo de cinco isolados do fungo situa-se entre 28-30oC. O crescimento é paralisado a 14C e o patógeno perde a viabilidade a 36C, sendo que ocorrem modificações no aspecto das culturas com a variação da temperatura. Em condições de campo, foi avaliada a resistência de três espécies de eucalipto, através de três métodos de inoculação de Diaporthe cubensis. Dentre os métodos de inoculação, o de cilindro de casca recoberto com o fungo foi o mais eficiente. Os resultados das inoculações indicaram que Eucalyptus decaisneana comportou-se como resistente e E. saligna e E. grandis como suscetíveis. Em um talhão comercial de E urophylla, localizado no município de Linhares (E.S.), foi conduzido um levantamento, considerando os padrões fenotípicos e crescimento das árvores, níveis de cancro e número de falhas e plantas mortas. Os resultados indicaram que as arvores não típicas de E urophylla constituíram a maioria da população (45, 32;1=) 7 seguindo as comerciais (39,51%) e finalmente, em menor número, as típicas de E urophylla (15,17%). Foi verificada uma associação entre a tipicidade da espécie e resistência natural ao fungo, ou seja 7 as plantas ti picas de E urophylla comportaram-se como resistentes e as não típicas como suscetíveis Através de inoculações artificiais de D. cubensis comprovou-se a resistência de campo observada para as plantas típicas e as suscetibilidades das plantas não típicas. Em dois ensaios de introdução de espécies e procedências de eucalipto foi conduzido um estudo visando verificar a potencialidade dos materiais, principalmente com respeito à resistência ao cancro e crescimento. Das 40 espécies/procedências de eucalipto, E. camaldulensis, E. cloeziana, E.tereticornis, E. toreelliana e E urophylla comportaram-se como resistentes, sendo verificado que as espécies procedentes de latitudes maiores foram as mais suscetíveis. |