Estresse, modos de enfrentamento e aceitação da doença de pessoas com diabetes mellitus tipo 2 participantes de um programa educativo com o envolvimento do familiar: ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Bertolin, Daniela Comelis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-22012014-110133/
Resumo: O presente estudo, trata-se de um ensaio clínico randomizado controlado, cujo objetivo principal foi avaliar o estresse, modos de enfrentamento e aceitação da doença de pessoas com diabetes mellitus tipo 2 após participarem de um programa educativo com o envolvimento do familiar. Foi desenvolvido em unidade ambulatorial de hospital de nível terciário de atenção à saúde. A amostra ficou constituída por 164 pessoas, de acordo com o cálculo amostral e critérios de inclusão/exclusão, e após randomização, os participantes foram alocados no grupo controle ou intervenção, para os quais foi desenvolvido um programa educativo com o uso dos Mapas de Conversação em Diabetes Mellitus, fundamentado na Teoria Social Cognitiva. As intervenções realizadas aos familiares seguiram protocolo com base nos temas abordados no programa educativo com os pacientes. A amostra do estudo caracterizou-se por predomínio do sexo feminino (56,7%), idade média de 60,4 anos (DP=8,4), baixo nível socioeconômico, longo tempo de tratamento, em uso de insulina (88,4%) e antidiabéticos orais (79,8%). As variáveis estudas, estresse percebido, sinais/sintomas de estresse, modos de enfrentamento e aceitação da doença não apresentaram diferenças significativas após as intervenções educativas aos familiares. Após as intervenções com envolvimento do familiar os modos de enfrentamento mais referidos pela amostra do estudo foram relacionados ao fator Minimização de ameaça ( X =3,6), seguido por Procura de informações ( X =3,4), e os menos referidos foram relacionados ao fator Auto-culpa ( X =2,0). O escore médio de aceitação da doença, que poderia variar de oito a 40, foi 26,3; e de estresse percebido, que poderia ser de zero à 56, foi 22,0. Entre os participantes, 51,5 % foram classificados sem estresse, 44,1% estavam na fase de resistência ao estresse, com predomínio dos sintomas psicológicos para 26,1% que apresentavam algum nível de estresse. A média da hemoglobina glicada A1c não apresentou relação significativa com os fatores da Escala Modos de Enfrentamento, no entanto houve relação inversa com aceitação da Doença no grupo controle; e direta com estresse percebido nos dois grupos, ou seja, quanto maior a aceitação da doença, menor foi a média de hemoglobina glicada A1c; e quanto maior a percepção de estresse, maiores os valores da hemoglobina glicada A1c. Verificou-se relação inversa entre aceitação da doença e os fatores Reestruturação cognitiva, Expressão emocional e Auto-culpa nos dois grupos e, para o fator Desejo de realizar fantasias para o grupo controle. Também foi observada relação inversa entre aceitação da doença e estresse percebido, o que sugere que quanto maior a percepção de estresse, menor foi a aceitação da doença. As intervenções educativas aos familiares, realizadas por meio de contato telefônico, parecem não ter influenciado os resultados das variáveis de interesse no presente estudo