Relação dos sintomas e fases do estresse com características sociodemográficas e clínicas de pessoas com diabetes mellitus tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Arcanjo, Aysa Mara Roveri
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-01022016-161614/
Resumo: Estudo descritivo transversal, cujo objetivo foi analisar a relação das variáveis sociodemográficas, de tratamento, hábitos de vida, clínicas e laboratoriais com as variáveis sintomas e fases do estresse, em pessoas com diabetes mellitus tipo 2, em unidade ambulatorial de hospital de nível terciário de atenção à saúde. A amostra foi constituída por 222 pessoas e os dados foram coletados no período de junho de 2011 a agosto de 2012. O instrumento utilizado foi o Inventário de Sintomas de Stress de Lipp, composto por três quadros de sintomas de estresse, que fornecem porcentagens para classifica-los em quatro fases: alerta, resistência, quase exaustão e exaustão. Entre as características sociodemográficas, de tratamento, hábitos de vida, dados clínicos e laboratoriais, destacam-se que 53,15% das pessoas eram do sexo feminino, 43,85% do masculino, com média de idade de 60,68 anos (DP=8,40), tempo médio de escolaridade de 5,07 anos (DP=4,15), 71,17% viviam com o companheiro, 57,66% procediam da região de Ribeirão Preto (SP), 50,9% eram aposentados/pensionistas, 87,38% referiu fazer uso de insulina, 78,82% antidiabético oral, 68,91% seguir a dieta recomendada e 46,85% não praticava exercícios físicos regulares. O tempo médio de diagnóstico foi de 15,15 (DP=8,03) anos, índice de massa corporal 32,10 (DP=5,75) Kg/m2 , pressão arterial sistólica 180,10 (DP=14,03) mmHg e diastólica 143,7 (DP=23,63) mmHg, taxa de hemoglobina glicada 9,446 (DP=2) %, colesterol total 74,9 (DP=41,95) mg/dl, lipoproteína de alta densidade 35,67 (DP=8,58) mg/dl, lipoproteína de baixa densidade 101,55 (34,52) mg/dl e triglicerídeos 203,60 (DP=147,72) mg/dl. Quanto às variáveis do estresse, destaca-se que a maior média das porcentagens obtidas ocorreu para os sintomas de estresse do quadro 2 (20,16%-DP=20,165). Para fins de análises estatísticas, excluiu-se a fase de alerta e aglutinou-se as de exaustão e quase exaustão. A frequência dos sintomas de estresse referidos pelos participantes nos três quadros distintos permitiu verificar a presença do estresse em 63,51% da amostra, bem como a frequência de 53,60% na fase de resistência ao estresse, e predomínio de sintomas físicos (61,53%). As fases do estresse associaram-se com a idade, procedência, uso de insulina e lipoproteína de baixa densidade; os sintomas do estresse com o uso de antidiabéticos orais, tabagismo, consumo de bebida alcoólica e lipoproteína de baixa densidade. Quanto à porcentagem média obtida nos três quadros, observou-se que houve associação dos sintomas do primeiro quadro com a ocupação; do segundo quadro com o seguimento da dieta, glicemia plasmática de jejum, o colesterol total e lipoproteína de baixa densidade; correlação do terceiro quadro com o índice de massa corporal, de modo positivo e com a renda familiar, de modo negativo. A idade e a hemoglobina glicada correlacionaram-se com o segundo e terceiro quadros, porém de forma negativa e positiva, respectivamente. O presente estudo permitiu conhecer as possíveis relações do estresse com as variáveis sociodemográficas, tratamento da doença, hábitos de vida, clínicas e laboratoriais da pessoa com diabetes mellitus tipo 2 e reitera a importância desse conhecimento na prática clínica para intervenções que desenvolvam habilidades pessoais para o enfrentamento de situações estressantes percebidas pelas pessoas durante o curso da doença