Bailes e danças representados e discursados na Espanha (1600-1660)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Pereira, Ellen Eliza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-29102012-100332/
Resumo: O presente trabalho propõe uma nova perspectiva ao debate sobre bailes e danças na Espanha do século XVII. Diante das variadas classificações que a bibliografia intenta formular, observa-se uma preocupação em distinguir os dois conceitos. Nesse sentido, os bailes são colocados como descompostos em seus gestos e exercitados por subalternos, enquanto as danças apresentam compostura e são realizadas pelas elites. Entretanto, há divergências entre os autores e contradições em uma mesma classificação, as quais se manifestam de acordo com as fontes utilizadas. Ao analisar as fontes, nota-se que suas formulações sobre tais práticas corporais são construídas a partir de uma moral gestual e por um ideal cortesão. Logo, trata-se de representações elaboradas pela articulação daqueles valores e ideais, e não de uma realidade. Partindo dessas constatações, coloca-se a hipótese de que a maior repressão e depreciação aos bailes, ou a tal conceito, seria uma forma mais eficaz da Igreja controlar e reformar tais práticas, pois os bailes eram realizados pelas distintas ordens sociais e em diversos ambientes, como na própria igreja, além de terem sido os mais representados nos palcos durante o processo da teatralização.