Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Lins, André Gustavo da Silva Bezerra |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-12092011-105620/
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Resumo: |
Apresenta e discute acervo iconográfico com foco no espaço urbano do Recife colonial e reflete se a análise dessa iconografia é suficiente para compreensão de mudanças na identidade urbana ligada a determinado empreendedor ou fase de governo colonial, do lusoibérico ao pós-neerlandês. Mostra através da iconografia, sistema de representação gráfica materializadora de informações e discursos, ser possível a invenção se contrapondo à verdade observada e a outras iconografias. Reflete suficiência da análise iconográfica para compreender mudanças na identidade urbana nas fases de governo luso-ibérico, neerlandêsholandês e pós-neerlandês, de acordo com as necessidades das etapas do empreendimento colonial. Numa inquietação científica, a tese impôs resultado divergente da hipótese inicial, entendendo que para a discussão aprofundada da distinção das identidades nos fatos urbanos e modelos urbanísticos, arquitetônicos e de investimentos, nos períodos de governo, de forma não subjetiva e sem juízos de valor, a leitura e entendimento através da iconografia só se mostrou suficiente a partir de base historiográfica. Esse aprofundamento permitiu questionar convenções sobre a construção da identidade urbana, permitindo superar a metodologia de análise identitária tradicional, passando a utilizar variáveis reais documentadas pela historiografia, respondendo cientificamente à construção do fenômeno urbano. A partir disso, discute a convencionada e subjetiva transplantação identitária, defendendo ocorrência de construção da cidade e sua identidade a partir das variáveis da cidade necessária [ambiente, interesses e, investimento de meio e materiais], passando a perceber as formas distintas de investir e as distintas identidades urbanas resultantes, até dentro de uma mesma fase de governo do empreendimento colonial, por exemplo, diferenciando neerlandeses de holandeses [Nassau] da WIC. Constatou que a cidade foi construída com pragmatismo, na emergência da falta de recursos públicos, das guerras, da falta de logística de meios e materiais, nem condições políticas para intervenção impositiva. Elementos culturais, desenhos e forma de implantação de edifícios e sistema urbano puderam ser transplantados e miscigenados na babel colonial, frente às necessidades e emergências, mas a identidade urbana empreendida foi consolidada no ambiente construído, não como discurso, ou imposição, mas através do saber fazer dos personagens coloniais. |