Entre o estúdio e a rua: a trajetória de Vincenzo Pastore, fotógrafo do cotidiano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Beltramim, Fabiana Marcelli da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-06102015-163400/
Resumo: Esta pesquisa segue a trajetória do fotógrafo italiano Vincenzo Pastore, que atuou em São Paulo entre os anos de 1899 e 1918. Se Pastore, por um lado, viveu produzindo retratos comerciais em estúdio, por outro, a sua produção mais emblemática foi a série de fotos realizadas nas ruas e nos arredores da capital paulista. O percurso trilhado por Vincenzo Pastore se entrelaçou nesta análise com o de suas imagens, numa investigação voltada para os processos sociais que constituíram as duas trajetórias: a do fotógrafo e a de suas fotos. Este estudo tentou compreender duas questões principais. A partir de um ponto de vista histórico, documentamos a prática e a vivência de Pastore como um fotógrafo retratista de notável inclinação para o foto-pictorialismo. Observamos o percurso de Pastore no métier do retrato em São Paulo, mas também em Potenza e Bari, cidades italianas onde o fotógrafo atuou. A pesquisa realizada também nos acervos e arquivos na região da Puglia e da Basilicata, proporcionou uma abordagem histórica que delineou os muitos desafios dos retratistas italianos que buscavam incessantemente condições mais favoráveis para sobreviver da produção de retratos ao sul da Itália, forçados, muitas vezes, a vivenciarem a experiência da imigração. Documentamos mais profundamente, o processo de agenciamento sobre as imagens produzidas nas ruas da cidade de São Paulo, entre os anos de 1908 e 1914, mas submetidas a um circuito de apropriação e circulação somente após 1996, depois da doação feita ao Instituto Moreira Salles pelos descendentes do fotógrafo.