Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Roma, Bruno de Andréa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-08062021-203127/
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Resumo: |
As dificuldades para o tratamento da fotografia em ambiente de arquivo têm sido apontadas por pesquisadores e especialistas do campo há aproximadamente três décadas. Desde então, propostas foram apresentadas e a área delineou considerável avanço teórico. No entanto, ainda se observa na prática das instituições problemas para a incorporação desse debate. A partir de uma investigação em torno da inserção, produção e acumulação de fotografias pelo poder público do estado de São Paulo, este trabalho se inicia com a constatação da predominância do Estado em diversos expedientes fotográficos na transição entres os séculos XIX e XX. Escolas, hospitais, delegacias de polícia, preventórios e sanatórios são alguns exemplos de equipamentos que fizeram uso precoce desse dispositivo. A maior parte dos documentos fotográficos produzidos nesse período, no entanto, não foi encaminhada ao Arquivo Público do Estado de São Paulo. Por outro lado, desde a aquisição do Arquivo Técnico do jornal Última Hora em 1989, a instituição passou a dedicar crescente atenção ao tema, sobretudo pautada pela acumulação de acervos da imprensa. A ascendência de documentos dessa natureza guarda relações diretas com a dificuldade que o Arquivo Público teve em lidar com a documentação fotográfica produzida pelo Estado. Discursos de excepcionalidade e atribuição de valor podem ser observados de forma recorrente para justificar tal conduta. Nosso trabalho investigou a natureza e origem desses discursos, procurando demonstrar as vantagens que a metodologia arquivística pode oferecer ao enfrentamento desse problema. A compreensão do funcionamento de um arquivo de imprensa foi elemento importante desse processo. Percebemos que a pluralidade de expedientes envolvidos na construção do discurso visual do jornal Última Hora pode ser apreendida de seu arquivo. No lugar dos discursos de valorização, a atribuição de sentido propiciada pelo regime arquivístico se apresenta como o melhor caminho, tanto para a preservação quanto para a abordagem historiográfica desse tipo de material. |