O impacto de um programa de atividade física no tratamento de jogadores patológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Angelo, Daniela Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-07022012-093632/
Resumo: O jogo patológico se caracteriza pela perda do controle de apostar em jogos de azar e pelo comportamento persistente apesar dos prejuízos causados. Uma das características centrais do comportamento de jogadores patológicos é a fissura de jogar para evitar estados emocionais desfavoráveis e sintomas de ansiedade e de depressão estão significativamente associados à intensidade da fissura em jogadores patológicos. Assim, é possível que o tratamento da depressão e da ansiedade esteja associado indiretamente à melhora do comportamento de jogar, através da redução da fissura. Sabemos que a saúde mental pode ser influenciada positivamente pela prática de atividade física. Diversos estudos sugerem que a prática de exercícios tem efeito positivo sobre o humor, se associa à redução da ansiedade e da depressão, possibilitando melhor controle do estresse. O objetivo principal deste trabalho foi examinar o impacto de um programa de atividade física sobre a sintomatologia ansiosa e depressiva e sobre a fissura por jogo em uma amostra de 33 jogadores patológicos em início de tratamento ambulatorial. Adicionalmente, analisamos a associação entre a fissura e níveis dos hormônios relacionados ao estresse. O tratamento consistiu em terapia cognitivocomportamental ou psicoterapia psicodinâmica em grupo e tratamento psiquiátrico das comorbidades associadas. O programa de atividade física variou de 4 a 8 semanas e consistiu em 8 sessões de 50 minutos cada de exercícios aeróbios de intensidade moderada (60-75% da freqüência cardíaca máxima). A fissura durante o exercício foi avaliada imediatamente antes e depois de cada sessão de atividade física. Também foi avaliada a fissura por jogo nas 24 horas anteriores e nos 7 dias anteriores. Os pacientes foram investigados no início e ao final do programa de atividade física quanto a comportamento de jogo, intensidade de sintomas depressivos e ansiosos e níveis plasmáticos dos hormônios adrenocorticotrófico (ACTH), cortisol e prolactina. Os resultados mostram que houve redução significativa da fissura por jogo após cada sessão de atividade física e ao final da intervenção. Houve melhora nos sintomas de ansiedade, depressão e do comportamento de jogo. A redução da fissura por jogo durante o exercício físico se relaciona com a redução da fissura e da ansiedade ao final do programa, mas não à sintomatologia depressiva. Ainda, se associa à variação da prolactina, mas não à variação de cortisol e ACTH