Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Spritzer, Daniel Tornaim |
Orientador(a): |
Rohde, Luis Augusto Paim |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/18512
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Resumo: |
Objetivo: Estudar o comportamento de adolescentes em relação aos jogos de aposta utilizando uma amostra representativa da população brasileira, que permite: a) examinar a prevalência da participação de adolescentes em jogos de aposta num país em desenvolvimento; b) determinar a prevalência de jogo problemático e patológico em adolescentes brasileiros utilizando um instrumento específico para a idade; e c) comparar a associação entre diferentes níveis de envolvimento com jogos de aposta e variáveis sócio-demográficas. Métodos: Usando amostragem probabilística, estratificada e por conglomerados, obteve-se uma amostra representativa da população brasileira com 14 anos ou mais, de ambos os gêneros, em todo o território nacional. Destes, 661tinham entre 14 e 17 anos de idade. Para avaliar jogo problemático e patológico, foram utilizados o Lie/Bet Questionnaire e o DSM-IV-MR-J. Resultados: Dos 661 adolescentes da amostra, 7% relataram participação em jogos de aposta nos últimos meses, 2,8% responderam positivamente no questionário de triagem e 1,6% foram classificados como jogadores problemáticos e patológicos. Na análise multivariada, os fatores associados com jogo problemático e patológico foram sexo masculino, não estar estudando e considerar religião como não importante. Para estes adolescentes, o tempo médio entre começar a fazer apostas regulares e desenvolver o primeiro problema decorrente do jogo foi de menos de 4 meses. Conclusão: Embora a participação de adolescentes brasileiros em jogos de azar tenha sido bastante inferior à usualmente relatada em países desenvolvidos, a prevalência de jogo problemático e patológico nesta pesquisa foi similar à de estudos recentes que utilizaram amostras nacionalmente representativas. A associação de jogo problemático e patológico com sexo masculino, evasão escolar e baixa religiosidade suporta a teoria de que o envolvimento intenso com jogos de aposta faz parte de um grupo de comportamentos desviantes e de alto-risco que ocorrem de modo conjunto na adolescência. A rápida progressão para jogo problemático e patológico fornece mais evidências de que os adolescentes sejam mais vulneráveis aos efeitos dos jogos de azar. |