Barreiras para inclusão de indivíduos com doença cerebrovascular em um ensaio clínico de reabilitação e estimulação magnética transcraniana repetitiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Anjos, Sarah Monteiro dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-26102015-144243/
Resumo: INTRODUÇÃO: A recuperação motora é o principal foco dos estudos sobre reabilitação de indivíduos com acidente vascular cerebral (AVC), já que a hemiparesia ocorre em 75% dos casos. No intuito de diminuir o impacto da paresia do membro superior na funcionalidade, diversas modalidades de tratamento têm sido estudadas. O interesse pelo uso de técnicas de neuroestimulação não invasivas, como a estimulação magnética transcraniana repetitiva (EMTr), cresceu de forma acelerada nas últimas décadas. Apesar de cerca de dois terços dos AVCs ocorrerem em países de baixa ou média renda e em desenvolvimento, a maior parte dos estudos sobre o emprego da EMTr na reabilitação após AVC tem sido realizada em países desenvolvidos. Dificuldades de recrutamento são comuns em ensaios clínicos ou estudos de comprovação de conceitos ligados a reabilitação em geral, ou ao uso da EMTr em pacientes com AVC em particular, mesmo em países desenvolvidos. Este trabalho teve como objetivo descrever as barreiras para a inclusão de participantes em um protocolo de reabilitação do membro superior utilizando EMTr em pacientes com AVC, realizado em nosso meio. CASUÍSTICA E MÉTODO: Este estudo foi realizado como parte de um ensaio clínico aleatorizado, controlado e duplo-cego conduzido no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Foi realizada uma avaliação prospectiva da frequência dos motivos de não inclusão de pacientes para um protocolo de tratamento com EMTr de baixa frequência do hemisfério não afetado, em pacientes com paresia da mão após AVC. RESULTADOS: A mediana da idade dos indivíduos triados foi de 63 anos (intervalo, 14-102 anos). Houve leve predomínio do sexo masculino (57%), e 78% dos indivíduos foram considerados brancos. Dos 673 indivíduos triados, foram coletadas informações completas de 571 pacientes. Destes, apenas 32 (5,6%) foram incluídos. O critério de não inclusão mais frequente foi lesão afetando mais que 50% do território da artéria carótida interna (53,4%). As principais razões para exclusão foram AVC recorrente (45,4%), condições clínicas não controladas (17,2%) e presença de contraindicações para a EMT (11,7%). CONCLUSÕES: Considerando que 85% dos AVCs ocorrem nos países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos onde a taxa de recorrência é alta, protocolos de reabilitação com critérios de exclusão menos restritivos são necessários para torná-los mais adequados para a população estudada