Avaliação do equilíbrio, agilidade e impacto da tontura em migranosos com e sem aura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Carvalho, Gabriela Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
TUG
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-22122020-085834/
Resumo: A migrânea é uma cefaleia primária de alta prevalência que pode estar associada a complicações isquêmicas. Danos na substância branca cerebral são verificados com maior frequência no território da circulação vértebro-basilar quando há a presença de aura e cujas repercussões clínicas são desconhecidas. O objetivo deste estudo foi identificar a oscilação do centro de pressão (COP), a agilidade e o impacto da tontura em migranosos com aura (MA), sem aura (M) e indivíduos controle (GC). Os pacientes, todos do gênero feminino, foram triados do ambulatório de cefaleia de um hospital terciário. Os pacientes foram diagnosticados com migrânea com aura ou migrânea sem aura por neurologistas especialistas em cefaleia de acordo com a ICHD-II (2004). O COP foi mensurado através da estabilometria com uma plataforma de força. A agilidade foi avaliada pelo teste Timed Up and Go (TUG) e os sintomas de tontura pelo questionário Dizziness Handicap Inventory (DHI). Foram excluídos os pacientes com obesidade, presença de vestibulopatia, doenças sistêmicas ou outros tipos de cefaleia. Foram avaliadas 92 voluntárias, sendo 31 do grupo M (38±10,0 anos), 31 do grupo MA (37±8,0 anos) e 30 do GC (33±9,0 anos). Os resultados revelaram maior oscilação no grupo MA em relação ao grupo M e GC em apoio bipodal com olhos abertos e fechados (p<0,02). MA apresentaram maior deslocamento do COP em relação ao grupo M nas situações unipodal com olhos abertos (p<0,02). Não houve diferença no tempo de realização do TUG (seg.) entre os grupos MA e M, porém ambos os grupos foram significantemente diferentes do GC (p<0,01). Sintomas de tontura foram verificados em 80% do grupo MA e 65% do grupo M, com impacto significante nas atividades de vida diária do indivíduo. A aura parece influenciar de forma significativa a estabilidade postural de indivíduos com migrânea. A migrânea (com e sem aura) compromete o equilíbrio dinâmico e mobilidade. A tontura é prevalente em indivíduos com migrânea, com impacto em vários aspectos da vida diária.