Avaliação da ventilação mecânica controlada a pressão utilizando-se a técnica de tomografia por impedância elétrica durante anestesia geral em cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Kamakura, Tatiana Paula Alvarenga de Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dog
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-04082014-133218/
Resumo: A hipoventilação secundária ao procedimento anestésico é comum na prática anestésica, e, sendo assim, o emprego de técnicas de ventilação mecânica é adotado como forma de minimizar e/ou evitar os efeitos deletérios da hipoventilação. Porém, o uso de ventiladores mecânicos não é isento de risco, e atelectasias podem se formar mesmo quando são utilizados. Para análise em tempo real do pulmão, a técnica de tomografia por impedância elétrica vem sendo empregada em conjunto com outros meios de monitoração, tendo se demonstrado um meio útil de avaliação da ventilação pulmonar de maneira não invasiva, passível de ser utilizada à beira do leito e sem emissão de radiação. Estudos utilizando o tomógrafo de impedância elétrica em cães são escassos. O objetivo desse trabalho foi avaliar a ventilação de cães submetidos à anestesia inalatória e à ventilação mecânica utilizando a técnica de tomografia por impedância elétrica. Foram utilizados onze cães com peso superior a 16 kg e classificados como baixo risco anestésico (ASA I ou II). Os animais receberam acepromazina e meperidina como medicação pré-anestésica, propofol como indutor e isofluorano na manutenção da anestesia. Foram mantidos em ventilação mecânica controlada a pressão, com FiO2 de 0,6 e pressão de pico de 10 cmH2O durante os primeiros 90 minutos de anestesia. Foram então realizadas manobras de recrutamento alveolar e instituição de pressão positiva ao final da expiração (PEEP) de 5 cmH2O, e os animais foram avaliados por mais 35 minutos. Os parâmetros foram avaliados 30, 60 e 90 minutos após a indução da anestesia e 5 e 35 minutos após o recrutamento e instituição da PEEP. Apesar de não ter havido diferença estatisticamente significativa nos parâmetros de oxigenação e distribuição da ventilação, foi visível a melhora clínica e nas curvas de oxigenação e impedância. As curvas de impedância geradas a partir dos dados obtidos pelo tomógrafo de impedância elétrica acompanharam as curvas de melhora na oxigenação. O fato de, no estudo, terem sido utilizados animais hígidos e submetidos à ventilação mecânica e FiO2 de 0,6 desde o início pode ter contribuído para não ter havido melhora estatisticamente significativa, embora clinicamente visível. As manobras de recrutamento utilizadas também foram conservadoras em comparação aos outros trabalhos realizados. Infere-se que, se utilizássemos animais doentes e com FiO2 de 1, poderíamos ter obtido um grau maior de atelectasias nos primeiros 90 minutos de anestesia e/ou, se tivéssemos utilizado manobras de recrutamento menos conservadoras, poderíamos ter obtidos melhora estatisticamente significativa após as manobras e instituição da PEEP. A tomografia de impedância elétrica parece ser um bom meio de monitoração do pulmão em tempo real em cães submetidos à anestesia inalatória.