Impacto da manobra de recrutamento alveolar sobre a função pulmonar e mecânica respiratória em pacientes submetidos a cirurgia bariátrica avaliados pela tomografia de impedância elétrica: ensaio clínico controlado randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Gonçalves, Antonio Christian Evangelista
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194191
Resumo: Introdução: Os pacientes obesos quando submetidos a cirurgias de abdome sob videolaparoscopia sofrem alterações ventilatórias que comprometem a aeração pulmonar, a dinâmica da mecânica ventilatória e a função pulmonar, aumentando assim os riscos de complicações pulmonares no pós-operatório. Uma forma de minimizar essas alterações ventilatórias é combinar ventilação protetora associada à manobra de recrutamento alveolar (MRA). Assim, a hipótese deste estudo é que a MRA ao final da cirurgia otimizaria a distribuição da ventilação, a aeração pulmonar e promoveria dessa forma melhora da função pulmonar. Metodologia: Trinta e um pacientes obesos, sexo feminino, com idade média de 37  7,46 anos, submetidos a cirurgia de gastroplastia videolaparoscópica foram estudados durante o procedimento cirúrgico e nas primeiras 24h. Foram randomizados para o grupo PEEP5 (16 pacientes) ventilados com PEEP de 5 cmH2O sem manobra de recrutamento alveolar (MRA) ou grupo PEEP5-MRA (15 pacientes) com PEEP 5 cmH2O com MRA. Os pacientes foram acompanhados nos períodos pré-operatório, intraoperatório e pós-operatório, submetidos ao teste de função pulmonar e avaliados pela tomografia de impedância elétrica em todos os momentos. Resultados: Pelo modelo linear misto, a aeração pulmonar diminuiu ao longo do tempo, em ambos os grupos (p<0,001), e não houve diferença entre os grupos: aeração da região ventral (p=0,98) e região dorsal (p=0,79). Houve diminuição da ventilação na região dorsal em cada grupo sem diferença entre os grupos (p=0,32). Não foi observado diferença na complacência pulmonar entre os grupos durante o intraoperatório (p=0,33). Não houve diferença na função pulmonar nos dois grupos, no tempo de permanência hospitalar, tempo de anestesia e cirurgia. Conclusão: A aplicação da MRA em pacientes obesos ao final da cirurgia de gastroplastia videolaparoscópica não otimiza a ventilação e aeração pulmonar, assim como não há ganho na mecânica e função pulmonar.