Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Costa, Henrique Bosso da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-15022016-120350/
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Resumo: |
No ano de 2005, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu início ao Programa Universidade para Todos (Prouni) com o propósito de abrir espaço para uma demanda reprimida de jovens de classes baixas no ensino superior. Através do programa, o governo passou a dar isenções fiscais às instituições de ensino superior (IES) privadas em troca da concessão de bolsas de estudo, beneficiando cerca de 1,4 milhão de pessoas até 2014. O Prouni está inserido no contexto do que André Singer chamou de lulismo, o pacto de governabilidade que permitiu a execução de reformas graduais com a inclusão de vastos contingentes da população no mercado formal de trabalho e no acesso ao consumo. No caso da educação, garantiu também a retomada do crescimento do setor privado estagnado naquele momento. Aliado às políticas públicas, o avanço do regime de acumulação flexível e sua demanda por um determinado tipo de mão de obra pouco qualificada e de baixa remuneração: 95% dos empregos criados entre 2003 e 2012 pagavam até 1,5 salário mínimo. Neste estudo de caso estendido, utilizou-se a abordagem etnográfica em uma grande universidade privada da cidade de São Paulo. Com alguns de seus alunos, a pesquisa acompanhou suas dinâmicas de vida, sua relação com a escola e com o trabalho e aspectos ideológicos que pudessem clarificar posições políticas, de modo que se chegou a dois grupos distintos de bolsistas do Prouni alunos de Pedagogia e da área de tecnologia que se mostraram como duas realidades singulares. No decorrer da pesquisa, eles se mostraram radicalmente diferentes em suas concepções e tiveram que se deparar com momentos determinantes em sua formação política, revelando, de um lado, uma categoria entre o projeto do trabalhadore o lulismo e, de outro, um setor dinâmico do capitalismo pós-fordista em que aspectos de negação da condição operária, tensão com as novas plataformas e um novo desafio para a manutenção do modo de regulação lulista se mostraram na ordem do dia. |