Análise comparativa entre ecoendoscopia e colangiopancreatografia retrógrada endoscópica na drenagem primária da obstrução maligna da via biliar distal: revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Logiudice, Fernanda Prado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-26062024-122959/
Resumo: INTRODUÇÃO: atualmente, a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) com a colocação de prótese biliar metálica é o método padrão-ouro para a paliação da obstrução maligna da via biliar distal (OMVBD). A drenagem biliar guiada por ecoendoscopia (ECOEDA) é uma alternativa tipicamente reservada aos casos de falha na CPRE. No entanto, recentemente foram realizados ensaios clínicos randomizados (ECRs) robustos que comparam a drenagem biliar guiada por ECOEDA à CPRE como abordagens primárias na OMVBD. OBJETIVO: comparar a eficácia e segurança da drenagem biliar paliativa da OMVBD guiada por ECOEDA com a por CPRE. MÉTODOS: Foi realizada uma revisão sistemática e metanálise incluindo apenas ECRs, com consulta as bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline), Excerpta Medica database (EMBASE), Cochrane Central Register of Controlled Trials (COCHRANE), ClinicalTrials.gov. Bethesda (MD): U.S. National Library of Medicine e pela busca a partir das referências de artigos. Os desfechos avaliados foram sucesso técnico e clínico, duração do procedimento, eventos adversos (EA), tempo de patência e disfunção das próteses. O risco de vieses dos ECRs foi averiguado pelo escore de Jadad e a qualidade da evidência por meio do Grading of Recommendations, Assessment, Development and Evaluation (GRADE). A metanálise foi realizada utilizando o software RevMan 5 (Review Manager versão 5.3.5 - Cochrane Collaboration Copyright © 2014). RESULTADOS: a busca às bases de dados obteve um total de 8212 estudos, dentre os quais foram selecionados 5 ECR, abarcando um total de 521 pacientes (264 submetidos a ECOEDA e 257 a CPRE). Observou-se na metanálise, menor duração do procedimento da ECOEDA em relação a CPRE, com \\diferença estatisticamente significativa, diferença média (MD) -5,74 minutos (95% CI: -10,91, -0,58; P = 0,03), I2 = 86%. A análise dos demais desfechos não evidenciou diferença entre os métodos, a taxa de sucesso técnico foi de 92,80% na ECOEDA e 84,82% na CPRE, com diferença de risco (RD) de 0,06% (95% CI: 0,03, 0,17; P = 0,22); I2 = 62% e a de sucesso clínico foi de 87,97% e de 78,29%, respectivamente, RD de 0,08% (95% CI: 0,08, 0,23; P = 0,34); I2 = 68%. Nos grupos de ECOEDA e CPRE, houve relato de 30 (11,36%) e 36 (14,00%) EA, RD de 0,02% (95% CI: 0,08, 0,03; P = 0,42); I2 = 16%. A MD para o tempo de patência das próteses foi de -1,60 dias (95% CI: -26,81, 23,62; P = 0,90); I2 = 52%. A taxa de disfunção da prótese apresentou RD de 0,06% (95% CI: 0,14, 0,03; P = 0,22); I2 = 63%. CONCLUSÕES: a ECOEDA apresenta duração de procedimento inferior a CPRE com taxas de sucesso técnico, sucesso clínico, de EA e tempo de patência e taxa de disfunção da prótese similares à CPRE na drenagem primária da OMVBD. No contexto da abordagem minimamente invasiva da OMVBD, podemos desta forma considerar a drenagem biliar guiada por ECOEDA como alternativa terapêutica segura e com potencial para desenvolvimento