Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Kato, Eliane Mayumi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-21112006-174846/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: a Doença de Alzheimer (DA) cursa com declínio cognitivo e funcional, e alterações comportamentais, porém poucos estudos relatam a correlação existente entre o declínio motor, considerando o equilíbrio especificamente, e a implicação na capacidade funcional e na ocorrência de quedas nesta população. OBJETIVOS: como objetivo principal, verificar a correlação entre o equilíbrio e a capacidade funcional, e secundariamente, verificar a correlação destas variáveis com a ocorrência de quedas. MÉTODOS: trata-se de um estudo transversal em que 40 idosos sem comprometimento cognitivo e 48 idosos com DA (25 em fase leve e 23 em fase moderada), com idade superior a 65 anos, de ambos os sexos, foram avaliados pela escala Berg Balance Scale (BBS) quanto ao equilíbrio, pela escala Disability Assessment for Dementia (DAD) quanto à capacidade funcional, e questionados quanto à ocorrência de quedas no último ano. Outros fatores que pudessem interferir no equilíbrio e na capacidade de realizar atividades funcionais foram controlados, como presença de déficit visual, de depressão e utilização de medicamentos associados a quedas. RESULTADOS: foi observada diferença no desempenho do equilíbrio dos idosos com DA mais acentuada na fase moderada da doença (p = 0,001), assim como um declínio da capacidade funcional, progressivo e proporcional à fase da doença. Quanto às quedas, os idosos com DA tenderam a cair mais que os controles, não havendo, porém, diferença estatisticamente significante entre eles (controles: 45%, DA: 50%). Não foi observada diferença no desempenho do equilíbrio e da capacidade funcional comparando-se os indivíduos que caíram (\"caidores\") e não caíram (\"não-caidores\") em função do estágio da doença. Considerando a amostra dos controles, foi encontrada correlação moderada (-0,640, p < 0,001) entre número de quedas e pontuação na DAD, e fraca (-0,383, p = 0,015) entre o número de quedas e equilíbrio. No grupo CDR 1 a correlação obtida ocorreu apenas entre o DAD realização efetiva e o equilíbrio (-0,474, p = 0,017), e no grupo CDR 2 foi encontrada uma correlação moderada entre a ocorrência de quedas e o equilíbrio (-0,613, p = 0,045). CONCLUSÃO: Os dados deste estudo sugerem que há um declínio do equilíbrio associado à Doença de Alzheimer, que é proporcional à evolução clínica da doença, sendo um dos fatores, mas não o mais importante, associados à ocorrência de quedas nesta população. O declínio da capacidade funcional está associado à evolução da doença, porém não associado a maior ocorrência de quedas. Por fim, o déficit de equilíbrio isoladamente não foi suficiente para determinar o declínio funcional nos idosos com DA. |