Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Fomin, Angela Bueno Ferraz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-27072010-102738/
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Resumo: |
Entre as síndromes de deleção do cromossomo 22q.11, a Síndrome de DiGeorge foi descrita em 1967 como uma imunodeficiência primária caracterizada por: malformações cardíacas, hipoparatireoidismo e ausência de timo. A incidência estimada é de 1: 3000 nascidos vivos e apesar disto seu reconhecimento ainda apresenta dificuldades devido à grande variabilidade fenotípica e diferentes nomenclaturas. Para o diagnóstico é necessário a presença do número de células T circulantes diminuído ou normal, número de células B circulantes normais e níveis séricos de imunoglobulinas diminuídos ou normais associado com os seguintes achados: hipoparatireoidismo, malformações cardíacas conotruncais, dismorfismo facial e detecção da deleção do cromossomo 22q.11. Os pacientes com Síndrome de DiGeorge apresentam graus variados de comprometimento tímico e há a necessidade de avaliação da função tímica objetiva e eficaz para este grupo de pacientes. Recentemente, a mensuração do TREC tem sido considerada adequada para avaliar a função tímica. O objetivo deste estudo foi avaliar a função tímica em pacientes com esta síndrome através de dados clínicos e laboratoriais associados à mensuração do TREC em células mononucleares periféricas. Os objetivos secundários foram descrever as características fenotípicas, as alterações imunológicas incluindo a quantificação de subpopulações de linfócitos T e sua ativação. A quantificação do TREC foi feita através de PCR quantitativo em tempo real e as subpopulações de linfócitos T e dos marcadores de ativação CD28+ e HLA-DR+, através de citometria de fluxo. Nesta casuística foram incluídos 14 pacientes, oito masculinos, com idade entre 8m a 18a11m. Todos os pacientes preencheram os critérios diagnósticos e em dois não foi detectada a deleção do 22q11.2. O achado mais freqüente foi o acometimento cardíaco em 12 pacientes, prevalecendo a tetralogia de Fallot. O dismorfismo facial foi observado em 11 pacientes, sendo as alterações orofaciais as mais comuns. Hipocalcemia esteve presente em cinco pacientes e em um deles havia associação com hipotireoidismo neonatal. Depressão foi observada em dois pacientes e atualmente nenhum paciente apresenta quadro de infecção de repetição. À avaliação da imunidade humoral, detectou-se cinco pacientes com concentrações séricas de IgM abaixo dos valores normais para a idade e na avaliação da anticorpogênese somente três pacientes responderam com títulos protetores para a o esquema vacinal completo para hepatite B e quatro para sarampo. A quantificação do número de TREC realizada em 12 pacientes mostrou-se reduzida em relação aos controles com uma significância estatística (p = 0,002). O número de linfócitos totais estava dentro dos valores normais, mas, os valores de CD3+ estavam diminuídos em nove, CD4+ em um e CD8+ em cinco pacientes. Observou-se maior expressão de marcadores de ativação linfocitária no grupo de pacientes que nos controles (p = 0, 002). Conclusão: Este estudo revelou que os pacientes avaliados apresentaram alteração tanto da imunidade celular como humoral em especial em relação à anticorpogênese pós vacinal e redução da subpopulação de linfócitos T. A reduzida quantidade de TREC em relação aos controles pode indicar uma disfunção tímica embora tenha sido observado normalidade linfocitária nestes pacientes |