Estudo comparativo da digestibilidade in vivo de plantas forrageiras com ovinos e bovinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1972
Autor(a) principal: Melotti, Laércio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-143415/
Resumo: Através do método convencional de coleta total de fezes o utilizando-se duas espécios de ruminantes, ovina e bovina, 13 forragens volumosas foram estudadas através de experimentos de digestibilidade aparente para comparar a digestibilidade dessas duas espécies de animais. Os ovinos permanecerarn durante os ensaios, em gaiolas de digestibilidade e arreiados com dispositivo dotado de bolsa coletora de fezes, enquanto que os bovinos foram estabulados em baias isoladas e também mantidos arreiados e com bolsas para a mesma finalidade. Para a realização dos ensaios utilizaram-se dos 3 períodos, sendo o primeiro pré-experimental ou de adaptação ao novo alimento com 14 dias de duração para ambas as espécies, onde recebiam alimento a vontade. Outro período era o do ajuste, onde os ovinos permaneceram 7 diase os bovinos 14 dias e recebiam 100% do alimento que estavam ingerindo no período anterior e nos últimos 3 dias deste período era reduzido em 80%. Finalmente um terceiro período, período principal ou de coleta de fezes, onde os animais continuaram a receber os 80% de alimentos até o final do ensaio. Esse período durou 7 dias para os ovinos e 14 dias para os bovinos. Os experimentos em número de 13 foram os seguintes: I silagem de milho (Zea mays L.); II Silagem de sorgo (Sorghum vulgare; III Capim elefante Napier (Pennisetum purpureum Schum.) como forragem verde; IV Cana forrageira (Saccharum officinarum), variedade IAC 3625 como planta inteira; V Silagem de milho; VI Silagem de sorgo (Sorghum vulgare Pers), variedade SART 254; VII Capim elefante Napier (Pennisetum purpureum Schum.), adicionado de melaço; e ainda o mesmo capim adicionado de 3 níveis de espiga do milho desintegrada, sendo no experimento VIII - 50 kg/t; IX - 100 kg/t e no X - 150 kg/t. Essas 4 misturas eram na forma de silagem; XI - Milho, na forma seca (pés inteiros com espigas); XII e XIII - Silagem de milho, porém o último era enriquecido com uréia (0,05% em peso). No experimento I os bovinos apresentaram superioridade pelo teste F onde verificaram-se diferenças significativas ao nível de 5% para os coeficientes de digestibilidade, da matéria seca, da fibra bruta, matéria orgânica e ao nível de 1% para energia bruta. A energia digestível também foi superior para a espécie bovina ao nível de 1%. No experimento V não foram encontradas diferenças significativas entre as duas espécies com exceção do coeficiente de digestibilidade da proteína bruta em que os bovinos foram superiores ao nível de 1%. O experimento XII mostrou superioridade para os ovinos; o teste F para os coeficientes de digestibilidade da matéria seca, proteína bruta, extrativos não nitrogenados e matéria orgânica, apresentaram diferenças significativas ao nível de 1% e a 5% para energia bruta. A única exceção foi do NDT em que os bovinos foram superiores ao nível de 1%. O experimento XIII mostrou melhor digestibilidade a favor dos bovinos, pois o teste F revelou diferenças significativas ao nível de 1% para os coeficientes de digestibilidade de matéria seca, fibra bruta, energia bruta e matéria orgânica e ainda para a energia digestível. No experimento XI o teste F revelou diferenças significativas a favor dos ovinos, apenas para os coeficientes de digestibilidade dos extrativos não nitrogenados ao nível de 5% e extrato etéreo ao nível de 1%. Nos experimentos II, VI verificaram-se pelo teste F diferenças significativas ao nível de 5% em favor dos bovinos para os coeficientes da fibra bruta, extrativos não nitrogenados e energia bruta, enquanto que os ovinos tiveram uma digestibilidade superior para o extrato etéreo ao nível de 1%, isso no experimento II. No experimento VI verificou-se apenas diferença significativa ao nível de 5% para o coeficiente de digestibilidade da proteína bruta a favor dos bovinos. No experimento VII o teste F apresentou diferenças significativas ao nível de 5% para os coeficientes de digestibilidade da matéria seca, proteína bruta, extrativos não nitrogenados, energia bruta e matéria orgânica com superioridade para os bovinos. Para os experimentos VIII, IX e X, não foram encontradas diferenças significativas nas condições experimentais do presente trabalho. No experimento III e IV também nao foram encontradas diferenças significativas, com exceção da cana forrageira (IV) onde a digestibilidade do extrato etéreo foi superior para os bovinos ao nível de 1%.