Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1992 |
Autor(a) principal: |
Medeiros, Sergio Raposo de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20191218-164906/
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Resumo: |
Este trabalho visou determinar os efeitos da substituição do bagaço de cana-de-açúcar auto-hidrolisado (BAH) por sorgo na fisiologia do rumen, na digestibilidade in vivo e no desempenho de animais em acabamento, comparando esses resultados com resultados de dietas semelhantes nas quais o bagaço de cana-de-açúcar in natura (BIN) substitui o BAH. Foram fornecidas, em três horários (7:00, 13:00 e 19:00), a 4 vacas fistuladas, 4 dietas que possuíam Na MS: 26% de BIN e 47% de sorgo, 26% de BAH e 47% de sorgo, 38% de BAH e 34% de sorgo e 52% de BAH e 20% de sorgo. Estas dietas constituíam-se, respectivamente, nos tratamentos: BC26, BH26, BH38 e BH52 e todas elas eram completadas com 15% de levedura úmida, 6% de melaço, 3% de farelo de algodão, 0,8% de bicarbonato de sódio e 1,7% de minerais. O delineamento experimental foi em quadrado latino. Foram determinados, no rúmen: pH, concentração de nitrogênio amoniacal (N-NH3), produção de ácidos graxos voláteis (AGV) e a degradação in situ do insolúvel (DISI) de casca de soja incubada em cada tratamento, por 24 horas e por 48 horas. Não houve diferença significativa (p< 0,05) para pH, sendo que a dieta BH26 determinou os menores valores, em contraste com a dieta BC26 que teve a maior média. A concentração de N-NH3 também não diferiu significativamente entre os tratamentos. Para a concentração de AGV apenas a concentração de ácido acético (C2) da dieta BC26 foi inferior (p< 0,05) as determinadas para as demais dietas. A produção total de AGV dos tratamentos com BAH tenderam (p=0,10) a ser maiores do que a da dieta BC26. A dieta BC26 apresentou os melhores valores de DISI, sendo significativamente superior (p< 0,05) às dietas BH26 e BH38 para a incubação por 24 horas e por 48 horas superior a BH26. Os mesmos tratamentos foram fornecidos a 8 carneiros, agrupados em 2 quadrados latinos, para a determinação dos coeficientes de digestibilidade de MS, matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), fibra em detergente ácido (FDA). As dietas com maiores proporções de sorgo apresentaram coeficientes de digestibilidade de MS e MO superiores as dietas com menores porcentagens. A dieta BC26 apresetou coeficiente de digestibilidade de FDA superior (p< 0,05) aos das dietas BH26 e BH38. Entretanto, o consumo da dieta BC26 foi significativamente menor (p< 0,05) ao das detas com BAH. Para avaliação de desempenho animal foram utilizados mais 2 tratamentos: a dieta BC38, que continha 38% BIN, e 34% de sorgo, e o tratamento BH52/38 que se constituiu no fornecimento, na primeira metade do ensaio da dieta BH52 e no restante do tempo a dieta BH38. Cada um desses tratamentos foi fornecido 3 vezes ao dia para um lote de 10 animais em um delineamento experimental inteiramente casualizado. As dietas BH38 e BH26 proporcionaram ganhos de peso (GDP) significativamente superior (p< 0,05) em relação a dieta BC38. O maior para o consumo foi o da dieta BC26, significativamente (p< 0,05) superior ao consumo das dietas BH52, BH38, BH26 e BC38 e semelhante apenas a do tratamento BH52/38 que, por sua vez, foi maior do que a BH26. A substituição do BAH pelo sorgo faz com que exista a tendência do aumento de GDP, não ocorrendo aumento significativo por causa da limitação de consumos das dietas mais energéticas. A comparação entre as dietas com BIN e BAH, mostra que efetivamente houve efeito do tratamento. |