Escrita e angústia: investigação, sob perspectiva psicanalítica, do impedimento de escritura como fenômeno da ordem do sujeito do inconsciente.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Sartore, Anna Rita
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-19042007-160656/
Resumo: Por constatar-se uma severa dificuldade na produção textual por parte de futuros alfabetizadores, graduandos em Pedagogia, buscou-se balizas na psicanálise, sobretudo nos estudos da Angústia empreendidos por Freud e Lacan, que permitissem desenvolver uma pesquisa a respeito do que gera tal dificuldade e que guiassem uma análise teórica sobre o envolvimento subjetivo que resulta na marca diferencial entre determinados tipos de escrita. Sustenta-se a hipótese de que há um receio por parte do sujeito em desvelar-se através do suporte (escrita textual) e que a inibição decorra disto. Questionou-se também se determinados textos, que sugerem ausência do sujeito, são resultado de uma leitura assídua que, ao invés de gerar escrita sublimatória, funciona apenas para importar discurso alheio, poupando as próprias formas de o sujeito ver o mundo e as diferenças sexuais. Discutiu-se o formato operacional vigente no trabalho com a literatura, dentro das instituições escolares, e a possibilidade de uma aproximação com as obras consagradas que trafegue por uma via diversa daquela cognitiva. Propôs-se que uma abordagem que autorize o subjetivo, resulta numa particular transferência e sublimação de forma que a leitura se configura em autoria podendo fazer, por acréscimo, efeito de relançamento na escritura.