Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Nubile, Marisa Vieira Ferraz Cunha |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-07062011-153248/
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Resumo: |
Este trabalho tem como base os aportes da teoria psicanalítica, em especial daquilo que Lacan desenvolveu acerca do feminino e da escrita. Ao usar esse referencial, buscou-se fazer um rastreamento teórico dos dois conceitos, com o objetivo de articulá-los. Em Psicanálise, desde Freud, a escrita foi pensada como uma metáfora das inscrições psíquicas, portanto, do substrato do inconsciente. O feminino recebeu também um tratamento diferenciado do senso comum, pois, embora anatomia e gênero sejam aspectos que não se podem negligenciar, os últimos aportes a respeito do feminino, para a Psicanálise de orientação lacaniana, fazem referência a uma posição em que o sujeito está não-todo regulado pelo padrão fálico. Além disso, essa posição comporta um gozo que foge da possibilidade de apreensão pelo aparato simbólico humano. Ora, se o feminino aponta para um excedente, essa mesma perspectiva é encontrada na concepção de escrita e, em especial, de letra, quando Lacan começou a articulála com o gozo. A partir desse enquadre, foi proposto o argumento de que o feminino habita o lugar de gozo da escrita/letra. Como é possível observar, fez-se uma torção no uso dos dois significantes, de maneira que, ao invés de uma escrita feminina, sugeriu-se pensar no feminino na escrita. Deixando de ser adjetivo, o feminino passou a ser tratado não como a qualidade de alguns escritos, mas como substância da escrita, que seria, eventualmente, reconhecida em certos escritos literários construídos nesse território-litoral, no qual gozo e significante se margeiam. Assim, saindo da perspectiva da escrita psíquica, foram trabalhados alguns textos literários, nos quais, foi possível observar ressonâncias da posição feminina. Por fim, discutiu-se como tal posição poderia comparecer na educação de maneira geral e na escrita trabalhada na escola, de maneira específica. Observa-se que o professor tem maiores e melhores condições de criar alternativas para lidar com o \"gozo excessivo\" que permeia o campo educativo quando a posição feminina, na sua vertente de não-todo e de pluralidade, pode ser sustentada. |