Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Kátia Gisele Turollo do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-19102016-143515/
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Resumo: |
Diversas pesquisas apontam para uma força da tradição imperando nas aulas de Língua Portuguesa. As teorias linguísticas chegam às escolas, mas abalam timidamente as aulas de gramática normativa tradicional. Nossa pesquisa segue um percurso que parte de nossa experiência profissional, de nossas indagações, para tentar investigar as nuances, dentro de um determinado contexto escolar, que dificultam o processo de aliar a teoria à prática na sala de aula. Partimos da hipótese de que este apego à tradição e o foco em atividades metalinguísticas pouco contribuem para uma aprendizagem significativa da língua. Tendo em vista testes nacionais e internacionais que apontam inadequações no uso da modalidade escrita da língua (leitura e produção escrita) pelos alunos que concluem o Ensino Fundamental e a ênfase histórica das aulas de Língua Portuguesa em atividades gramaticais de metalinguagem (nomenclaturas e classificações), questionamo-nos como as aulas de Língua Portuguesa podem ser reconfiguradas para potencializar o desenvolvimento das habilidades linguísticas dos alunos. Assim, realizamos um estudo qualitativo com duas professoras e suas cinco turmas de 9º ano, em uma escola pública municipal de São Paulo. As professoras nos forneceram dados por meio de relatos escritos de suas vivências, questionário e conversações informais cotidianas. Realizamos Avaliação Diagnóstica e Formativa (ADeF) do desempenho linguístico dos alunos, analisamos cadernos de alunos indicados pelas professoras como os melhores de suas turmas, planejamos e conduzimos uma oficina de linguagem (atividades linguísticas e epilinguísticas) com esses alunos. Alguns dos resultados indicam que as dificuldades das professoras em aliar teoria e prática estão relacionadas com a formação inicial e preliminar de cada uma e não necessariamente com a formação universitária e contínua em que se constitui o conhecimento teórico; levantamos fortes evidências de que a maneira como ensinamos reproduz ou é fortemente influenciada pela maneira como aprendemos; constatamos que a ausência da ADeF como prática efetiva se apresenta como um importante elemento que dificulta o conhecimento (por parte do professor) do que considerar no processo de ensino e aprendizagem. Ainda foi possível verificar que ADeF não compõe um critério de formação das turmas. Um professor pesquisador que busque aliar teoria e prática deve estar preparado para enfrentar inúmeros desafios e criar oportunidades para crianças e jovens se desenvolverem, preparando-se para se envolverem com as incertezas do cotidiano. Isso pode significar quão importantes serão, para professores e alunos, as novas vivências, por meio de oficinas contendo práticas mais eficazes para podermos nos desvencilhar de algumas amarras do passado, ou seja, da formação preliminar ou formatação preliminar a que fomos submetidos. |