Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Sampaio, Aline Fernanda Camargo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-09032016-100756/
|
Resumo: |
A função primeira da pontuação é dotar a modalidade escrita da língua de legibilidade, viabilizando a compreensão tanto na leitura silenciosa quanto na leitura oral (Dahlet, 2007). Os poucos estudos realizados em torno do ensino e da aprendizagem da pontuação, bem como as dificuldades que os alunos encontram para se apropriarem adequadamente desses sinais, necessários ao texto escrito, motivaram-me a pensar numa proposta de pesquisa que auxiliasse os alunos de 5º ano do Ensino Fundamental I. A partir de uma avaliação diagnóstica e formativa (ADeF) da produção escrita (texto opinativo) desses alunos, em uma situação comunicativa que lhes ofereceu liberdade de expressão, foi possível detectar algumas dificuldades inerentes ao uso da pontuação. Foram propostas atividades envolvendo oralidade, leitura e escrita, ou seja, atividades linguísticas e epilinguísticas, contendo procedimentos para aguçar a percepção e instaurar a reflexão no que tange ao uso da pontuação, seguindo a norma padrão da modalidade escrita (sequência didática baseada no gênero fábula). A revisão da literatura evidenciou que a pontuação é um tópico pouco valorizado em pesquisas no contexto de ensino e aprendizagem de língua escrita. Em geral, a temática se restringe à aplicação prática com ênfase em normas prescritivas instituídas pela gramática tradicional. Nesta pesquisa, partimos de uma concepção interacional de linguagem (Geraldi, 1996), entendendo o texto não como uma estrutura acabada (produto), mas como parte de atividades mais globais de comunicação (Koch, 1997). Quanto ao conceito de atividades linguísticas e epilinguísticas, bem como as reflexões sobre os caminhos e descaminhos para o ensino e a aprendizagem de língua materna, fundamentamo-nos nos estudos propostos por Franchi (1991, 1992), Semeghini-Siqueira (1977, 1998, 2015), Geraldi (2002) e Bezerra (2004). No que se refere às discussões sobre os gêneros do discurso, tomamos como base os aportes teóricos explicitados por Bakhtin (2000, 2003). Quanto ao uso dos gêneros em contexto escolar, baseamo-nos na perspectiva dos seguintes autores: Dolz, Noverraz, Schneuwly (2004) e Gomes-Santos (2007). Como procedimentos metodológicos, recorremos à pesquisa de cunho etnográfico e à pesquisa-ação, uma vez que foi realizado o acompanhamento in loco da prática docente em ambiente escolar. Ao finalizar, verificamos que os procedimentos adotados foram eficazes, pois propiciaram alterações significativas no uso dos sinais de pontuação nos passos finais da sequência didática. |