Hemovigilância - investigação de subnotificação de reação transfusional imediata

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gonçalves, Luciana Aparecida Luvezuti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17155/tde-18072018-171647/
Resumo: A transfusão de hemocomponentes, apesar de segura, expõe o paciente a riscos de reações adversas, as reações transfusionais. No Brasil a ocorrência dessas reações é de notificação obrigatória à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). As reações notificadas tornam-se fontes de informação para ações de avaliação, controle, prevenção, melhoria da qualidade e segurança do processo transfusional. Objetivos: Identificar, descrever e analisar as reações transfusionais imediatas ocorridas num hospital da Rede Sentinela do interior do estado de São Paulo e propor medidas para ajustar a Hemovigilância no hospital. Casuística e Métodos: Realizado estudo prospectivo, descritivo, quantitativo e exploratório, por meio de ações de Hemovigilância: visita pós transfusional para busca ativa de reações transfusionais imediatas e investigação junto à equipe de trabalho, identificando motivos para subnotificação de reações. Resultados: Em 1230 hemocomponentes transfundidos, incluídos no estudo, de março a junho de 2016 e junho de 2017, foram encontradas 167 reações transfusionais imediatas, que deveriam ter sido notificadas. Porém, no período, foram notificadas apenas 22 com uma subnotificação de 145 reações (11,8% ou 117,9 reações por 1000 hemocomponentes transfundidos). A maioria das reações subnotificadas foram Reações Febris Não Hemolíticas (RFNH) e Reações Alérgicas (ALG), de gravidade leve, com imputabilidade possível, mas também foram subnotificadas reações de gravidade moderada e grave: Sobrecarga circulatória associada à transfusão (SC/TACO). As causas identificadas para subnotificação foram: desinformação do paciente, falha na monitorização de sinais vitais póstransfusionais, excesso de transfusão no período noturno com equipe de trabalho reduzida, dificuldade de identificar a reação transfusional pela equipe de trabalho, sinalizando a necessidade de capacitação periódica. Conclusões: Este estudo contribuiu para reflexão, identificação de necessidades de educação continuada em serviço e, principalmente, para conscientização da importância de uma equipe de trabalho destinada a realizar ações de Hemovigilância por meio da busca ativa de reações transfusionais.