Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1986 |
Autor(a) principal: |
Souza, Doralice de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-04012018-092822/
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Resumo: |
Realizamos uma investigação epidemiológica em uma zona que fora inundada pela rio Aricanduva e seus afluentes, a leste do município de São Paulo, em 61 coabitantes de casos confirmados laboratorialmente de leptospirose humana ocorridos em 1983, residentes nessa área, com o objetivo de conhecer o nível de infecção por leptospiras nesse grupo de pessoas. Para pesquisa de anticorpos anti-leptospiras realizamos o teste de soroaglutinação microscópica nas 61 amostras de soro colhidas, tendo sido considerado soro reagente aquele que apresentou um título mínimo igual ou superior a 1:100. Para diferenciarmos se a infecção encontrada era recente ou passada, além de outros dados epidemiológicos investigamos a presença de anticorpos da classe IgM nesses soros por meio da prova de hemaglutinação passiva, considerando significante o título igual ou maior que 1:128. Os resultados nos mostraram que 18 pessoas, ou seja 29,6 por cento dos coabitantes eram de prendas domésticas, enquanto que 18,2 por cento eram menores e 6,6 por cento eram aposentados; 6,6 por cento eram operários não qualificados, ficando outras ocupações com 3,3 por cento ou 1,6 por cento . Em relação ao meio ambiente, as unidades residenciais investigadas eram diferentes daquelas descritas na literatura no tocante a casos de leptospirose humana. Estas apresentavam codições de urbanismo, ou seja, eram servidas por transporte coletivo nas proximidades em 95,8 por cento , tinham iluminação pública em 79,2 por cento , apresentavam ruas pavimentadas em 75 por cento , além de serem servidas por rede de esgoto em 70,8 por cento e por rede pública de abastecimento de água em 100. por cento . Quanto ao tipo de construção, 100 por cento era de alvenaria. Em relação a fatores que poderiam favorecer a infecção humana por leptospiras verificamos que quase 90 por cento das unidades residenciais estudadas tinham terrenos baldios a menos de 100 m de distincia, 58,4 por cento apresentavam ratos ou nas próprias dependências ou nas suas proximidades e 79,1 por cento das casas estavam localizadas até 200 m de correntes fluviais. Dos 61 coabitantes estudados, 42 (67,8 por cento ) tiveram um ou mais contato com enchentes, a maioria das quais ocorreram nos meses de janeiro e fevereiro de 1983, época aproximada em que 127 (63,5 por cento ) dos 200 doentes desse ano também o fizeram. Quanto ao nível de infecção, encontramos 6(9,8 por cento ) amostras de soro, reagentes para os sorotipos panama (2), copenhageni (1), javanica (2) e patoc (1). Todos esses dados sugeriram influência do binômio enchente-população murina sobre esse nível de infecção. As 61 amostras de soro examinadas foram negativas para pesquisa de IgM fazendo-nos considerar os soros reagentes como relativos a uma infecção passada, presumivelmente relacionados à época de infecção do caso. |