As intervenções do professor e processo grupal nas aulas de Física: uma análise à luz da teoria de Grupos Operativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Silva, Glauco dos Santos Ferreira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-25042013-110927/
Resumo: Quando alunos, convocados pelo professor, se reúnem em grupos numa sala de aula, inicia-se uma construção de relações interpessoais, envolvendo alunos e professor, que influenciam fortemente o processo grupal. O foco do nosso trabalho está neste processo, ou seja, em como um grupo de ensino-aprendizagem produz ou não seus resultados em sala de aula. Procuramos investigar questões do tipo: como e quando os grupos analisados funcionaram? Quais intervenções do professor favoreceram a aprendizagem? A pesquisa foi desenvolvida numa escola particular no interior de São Paulo, com alunos da 1ª série do Ensino Médio cujas aulas de Física foram marcadas pela constância de atividades em grupo em que o professor fazia uma série de intervenções (presencial, institucional e virtual) a fim de tornar o grupo mais operativo. Entre estas, consideramos significativa uma intervenção que consistiu em atribuições de funções (Líder, Anotador e Questionador) para cada um dos membros do grupo e que deveriam ser rotativas a cada atividade. O nosso trabalho consistiu na descrição dos episódios e na análise dos três grupos que compunham a classe investigada e encontramos resultados bem diferentes para cada um deles que foram caracterizados da seguinte maneira: o grupo 1, da dependência; o grupo 2 da resistência; grupo 3 da mudança. Utilizamos as concepções de grupos operativos de Pichon-Rivière, que focaliza a tarefa do grupo e o vinculo entre os membros como elementos essenciais do desenvolvimento grupal. Todo o processo tem na comunicação entre os membros do grupo o aspecto principal para atribuição de papéis (porta-voz, líder, bode expiatório e sabotador), os quais vão surgindo ao longo da tarefa e devem ser circular entre os atores. Quando estes estão estereotipados torna-se necessária a intervenção do professor que deve fazê-los circular, proporcionando mudanças que vão caracterizar a aprendizagem. O processo grupal é dividido em três etapas: a pré-tarefa, quando os alunos resistem à mudança; a tarefa, quando, por uma elaboração das ansiedades o grupo resolve atividade; e o projeto, que é o momento da criatividade e de uma projeção das suas atividades para além do \"aqui-agora\".