A cadeia associativa grupal e o pictograma grupal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pezo, Maria Antonieta
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-12112014-114948/
Resumo: A pesquisa aborda teórica e clinicamente a cadeia associativa grupal e sua especificidade, quando se utiliza como mediador terapêutico o pictograma grupal. Ela tem como objetivo acrescentar e aprofundar o estudo já realizado, no qual o desenhar conjunto pode introduzir modalidades associativas específicas que articulam o discurso do sujeito e do grupo (Pezo, 2009). O trabalho com grupos instaura processos associativos distintos dos descritos pela psicanálise, no enquadre clássico, segundo Kaës (1994, 2005, 2008, 2010) devido à presença de vários sujeitos simultaneamente e aos efeitos da interdiscursividade. Com o conceito de cadeia associativa grupal, Kaës (1985) define a especificidade da associação livre, que junto com a transferência e a interpretação, permitem o conhecimento dos efeitos do inconsciente no grupo. As cadeias articulam processos inter-relacionados entre si, as associações do sujeito singular e as produzidas intersubjetivamente no grupo. Quando, para além da palavra, se inclui no grupo um mediador terapêutico, como o pictograma grupal, o processo associativo apresenta marcas específicas. Entre elas, uma cadeia associativa de: traço para desenho; de desenho para desenho; de desenho para palavra; de palavra para narrativa. No pictograma grupal, aspectos inusitados, impensados se incluem de maneira semelhante ao lapso de linguagem graças ao trabalho do pré-consciente, do desenhar conjunto e, fundamentalmente, aos efeitos da presença múltipla de sujeitos. A consulta terapêutica proposta por Winnicott para atender crianças reconhece o valor da utilização do método psicanalítico em um atendimento, sem por isso estar realizando uma psicanálise padrão. Esse modelo de consulta é estendido para o atendimento de grupo e família, com o uso do pictograma grupal, em situações pontuais. Propõe-se a utilidade do mediador no trabalho institucional com pacientes psicóticos, psicossomáticos, com tendência de passagem ao ato. Considera-se que o recurso do pictograma grupal, ainda pouco explorado no campo das práticas institucionais, pode ser um facilitador para enunciar aquilo que não pode ser nomeado ou representado simbolicamente devido ao medo, ou a mecanismos como a repressão, o recalque, a denegação, entre outros. As cadeias associativas grupais propiciadas pelo uso do pictograma grupal evidenciam que simultaneamente é possível elaborar e transformar o sujeito apropriando-se subjetivamente da experiência, as relações intersubjetivas e o grupo, graças ao trabalho associativo grupal. Utilizamos o pictograma, em consultas terapêuticas com grupos e com famílias, em um enquadre de dois a três encontros. Destacamos a relevância do pictograma grupal, em outros contextos como situações traumáticas individuais ou sociais