Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Nunomura, Tiliê Naomi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-19122018-092618/
|
Resumo: |
A violência sexual é um problema de saúde pública que afeta boa parte da população mundial. Seu estudo, entretanto, é marcado por dificildades conceptuais, legais, epidemiológicas e metodológicas. Dentre os diversos modos de se entender e examinar a violência sexual, as atitudes são comumente investigadas, sobretudo com o emprego de escalas Likert. Contudo, o escalonamento psicofísico pelos métodos de Thurstone possui características típicas de escalas intervalares que lhe conferem vantagens em relação às escalas ordinais. O principal objetivo da presente pesquisa foi construir uma escala de distâncias psicológicas de descritores sexuais para cada grupo experimental através do Caso V da Lei do Julgamento Comparativo de Thurstone. 132 participantes, divididos em três grupos controle, sobreviventes (mulheres vítimas de violência sexual) e reeducandos (homens agressores sexuais) avaliaram oito termos sexuais (cócegas, cheiro, toque, beijo, nudez, agarrar, esfregar e gemer) pelo método de escolha forçada de julgamento de pares. A cada par de termos sexuais apresentado aleatoriamente, os sujeitos deviam escolher aquele com o maior conteúdo sexual. Resultados indicaram que os descritores toque, cheiro e cócegas foram constantemente julgados com os menores conteúdos sexuais entre os três grupos, enquanto beijo e gemer foram os que mais alteraram de ordem entre os grupos. Literatura sobre aspectos linguísticos dos estímulos utilizados não foi suficiente para explicar a escolha de uma palavra em detrimento de outra, reforçando-se a ideia de que os julgamentos foram diferenciais de acordo com as variáveis e o grupo ao qual os participantes pertenciam. Dessa maneira, homens julgaram os descritores com valores próximos, deixando a escala com menor amplitude, o que indica baixa discriminação e necessidade de menos conteúdo sexual para que as palavras fossem percebidas sexualmente. Reeducandos apresentaram o mesmo padrão de resultados, mas de maneira acentuada. Mulheres, por outro lado, tiveram boa discriminação dos termos sexuais e apresentaram maior amplitude na escala. Para as sobreviventes, o padrão de resultados foi o mesmo das mulheres, com poucas variações. As diferenças encontradas entre grupos podem ser decorrentes de atitudes sexuais e em relação à violência sexual e do modo como mulheres e homens processam informação sexual, sendo atravessadas por questões sociais de gênero |