Fatores sensoriais visuais que influenciam o dimensionamento subjetivo na percepção de tamanho: um estudo de escalonamento psicofísico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Araujo, Adsson Roberto Magalhães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-07012015-093259/
Resumo: O sistema visual é considerado o mais complexo de todos os sistemas sensoriais do ser humano. O objetivo da visão é construir uma representação dos objetos extraindo informações do ambiente, transformando-as em um código neural que origina a percepção. A compreensão dos fatores sensoriais que alteram a percepção é necessária para uma teoria adequada da percepção visual. Evidências sobre os efeitos do contexto ambiental ainda são limitadas, mas sabe-se que alterações no plano de fundo, criação de lacunas e mudanças de textura alteram a percepção de profundidade. Esse estudo teve como objetivo principal investigar quais fatores sensoriais básicos alteram a estimativa de magnitude (EM) de tamanho de círculos nos sujeitos saudáveis, verificando se existiu correlação entre a variação de parâmetros do estímulo físico com os respectivos julgamentos para diferentes condições visuais, além da possibilidade de desenvolver um instrumento para avaliação de algumas psicopatologias. O método da EM se refere a um procedimento no qual o observador faz um julgamento numérico direto de uma magnitude psicológica de uma série de percepções. Para isso, desenvolvemos um programa de computador como uma ferramenta psicofísica para medidas de EM que nos permitiu gerar 15 diferentes condições experimentais separadas em quatro protocolos (P1, P2, P3 e P4). O projeto consistiu em dois blocos: (1) de experimentos básicos, cujo objetivo foi abordar como elementos sensoriais visuais básicos interferiram no julgamento para estímulos simples, usando o P2, cujas variáveis luminância e o P4 no qual a disposição espacial para diferenças na lateralização do processamento visual foram alteradas; e (2) de exploração metodológica, que buscou manipular o valor de referência (P1) e a indução de sensações de profundidade (P3). Foram avaliados 78 indivíduos típicos (m = 27,55, dp = 4,69) com nível superior completo ou incompleto, todos com visão normal ou devidamente corrigida, distribuídos aleatoriamente em os quatro grupos 8 experimentais. Os protocolos 1 e 2 apresentaram os resultados mais satisfatórios que nos permitirão a utilização do programa em indivíduos com psicopatologias para investigação de diferenças da população normal. Ainda que os protocolos 3 e 4 tenham gerado dados controversos, levou-se em consideração que se tratou de um estudo de investigação metodológica, cuja continuidade nos permitirá uma melhor contribuição teórica alcançada com a retomada de estudos no campo da Psicofísica Clássica, principalmente devido a escassez de publicações nas últimas décadas acerca do tema aqui proposto